A frieza alemã e a eficácia britânica superaram a inconstante Itália e a romântica Suécia. Resultado de uma abordagem fria e altamente profissional de duas equipas repletas de talentos que souberam controlar os encontros da meia-final e assim garantiram a passagem á grande final, reeditando assim o mitico encontro das selecções principais em 1966.
Na mais espectacular encontro das meias-finais, a Inglaterra superou o trauma dos penaltis, depois de ter sido eliminado na passada edição na marcação de grandes penalidades. Isso para não falar nas derrotas da equipa principal, que nos últimos vinte anos foi eliminado por cinco vezes por penaltis. A corrida para a glória dos jogadores da rosa só teve lugar depois de 180 minutos de altissima qualidade e uma série angustiosa que só terminou no poste de Joe Hart a consagrar a Inglaterra como finalista. A equipa inglesa arrancou de forma soberba logrando um espantoso 3-0 (golos de Cranie, Onuoha e um auto-golo de Bjarmsyr) controlando por completo a primeira parte, apesar do apoio entusiástico dos nórdicos. No segundo tempo tudo foi distinto. A Suécia provou porque foi uma das melhores equipas da primeira ronda e logrou empatar de forma categórica. Berg voltou a consagrar-se como o melhor marcador da prova, apontando dois golos, a abrir e fechar, com o parceiro Toivonen a apontar o segundo tento sueco. Com uma diabólica linha ofensiva os suecos arrasaram a defesa inglesa e durante o prolongamento beneficiaram da expulsão de Frazier Campbell mas Joe Hart esteve brilhante. No final os penaltis seguiram a tradição de ter o melhor em campo, Berg, a falhar, mas desta vez a Inglaterra fintou a tradição e está na final.
No outro encontro valeu a eficácia germânica durante 90 minutos mornos apenas desequilibrados pela arrancada épica de Andreas Beck, que com um remate colocado enviou a Alemanha de regresso ás finais europeias de sub21 derrotando assim uma Itália apagada desde o primeiro momento. Muito por culpa de Giovinco e Marchisio que estiveram muitos furos abaixo do habitual, tendo sido Motta e Acquafresca os italianos mais perigosos para a baliza brilhantemente defendida por Neuer. A Alemanha controlou o jogo sem criar grande perigo e aos 48 minutos o remate de Beck decidiu o jogo. A Itália não soube responder e o encontro ficou adormecido em trocas de bolas inconsequentes no meio campo até que o árbitro apitou para o final sem que Balloteli e companhia tivessem dado ideia de ter capacidade para dar a volta a um jogo onde nunca entraram verdadeiramente. Os teutónicos marcam o bilhete para repetir a final com os ingleses, a última onde participaram em 1982.