Os finalistas do Euro sub 21 serão conhecidos hoje após mais uma maratona de grande futebol numa prova que está a apresentar uma das mais competitivas edições da última década. Depois da eliminação precoce da favorita Espanha e do excelente conjunto Sérvio, cabe aos anfitriões derrotarem a Armada Britânica enquanto que Itália e Alemanha repetem um duelo tão antigo como o tempo. A juventude toma conta do futebol europeu até à próxima segunda.
O nivel qualitativo deste Europeu tem sido bastante atractivo. As equipas qualificadas foram claramente superiores aos seus rivais directos e agora preparam-se para dois frente a frentes carregados de história e emoção. Por um lado está a excelente geração jovem britânica, que depois do golpe de autoridade diante da "armada espanhola", a grande desilusão do torneio, é a grande favorita ao titulo. Da velocidade de Walcott à frieza defensiva de Richards e Mancienne, passando pelo poder ofensivo de Agbonhalor, Millner e Campbell, a equipa da rosa traz o seu melhor futebol em vários anos. Depois da eliminação numa épica sessão de penaltis (13-12 venceu a Holanda) na última edição, os britânicos procuram regressam, vinte e cinco anos depois, à final
Do outro os eficazes anfitriões que contam com duas das melhores individualidades da prova, o rei dos golos, Marcus Berg e o rei das assistências, Rasmus Elm. Ambos são producto da escola do IFK Goteborg, grande potência do futebol sueco a viver horas baixas, e hoje jogarão em casa. São a espinha dorsal de uma selecção que surpreendeu pela verticalidade do seu jogo e a forma como têm controlado cada encontro, com uma autoridade insultante. A Suécia é um caso sério de evolução súbita e a equipa coordenada por Lennartson e que conta ainda com alguns dos pesos pesados do torneio (o central Mattias Bjarsmyr, o médio Gustav Svensson e os avançados Ola Toivonen e Pontus Wernbloom) é uma clara favorita.
No derby clássico do futebol europeu, a talentosa mas inconstante Itália recebe a fria Alemanha. A squadra azzura de Pieluigi Casiraghi que apresenta um trio de luxo em Balotelli, Acquafresca e Giovinco, escudados bem por Marchisio e Cigarini, tem a tradição a jogar do seu lado. A Alemanha logrou o apuramento depois de um precioso empate a 1 com a já qualificada Inglaterra, eliminando assim a Espanha com quem tinha empatado a zero. Agora a equipa de Hrubesch, liderada pela dupla Marin-Ozil tem de ser mais incisiva se quer voltar a uma final europeia de sub21. Os germânicos são a equipa qualificada com menos golos apontados (3) mas a forte capacidade defensiva e o espirito competitivo teutónico são armas que os italianos, sempre mais inconstante, não irão ignorar. Os italianos venceram o grupo mas sem autoritarismo (forma superados pela própria Suécia no jogo que venceram por 2-1) e Casiraghi sabe que nestas horas decisivas a cabeça conta muito. E se há algo nesta geração de talentos italianos que parece faltar é aquele espirito competitivo que faz da azzura um rival temível.