O futebol é um desporto de mitos. De falsas lendas. De ilusões. Da sensação de sabedoria eterna. Nos escritórios do estádio do Dragão, ecoam seguramente algumas dessas ideias sempre que aparece Paulo Fonseca em grande plano. O treinador do FC Porto herdou uma equipa ordenada, organizada e ganhadora. Transformou-a num puzzle do qual nem ele sabe a solução. O seu plano vive em pleno caos.
Há uma velha lenda nos meandros do futebol português que diz qualquer coisa como que Pinto da Costa nunca se engana.
É lenda. A realidade é bastante diferente. Especialmente no que diz respeito à eleição de treinadores. Durante trinta anos há tempo suficiente para se falhar e acertar em partes iguais. A ditadura do tempo, podíamos dizer. Se o FC Porto é gerido da cúpula presidencial, a verdadeira cadeira de sonho, então é fácil entender que os treinadores são, para o clube, funcionários como outros quaisqueres. Com maior exposição mediática claro. É evidente que sempre que essa máxima ficou por cumprir e no banco das Antas e do Dragão se sentaram grandes treinadores, o papel da figura papal e presidencial ficou relegada para um discreto segundo plano. Foi assim com Artur Jorge, o herdeiro eleito por José Maria Pedroto. Foi assim com José Mourinho, o self-made man do futebol mundial. E com André Villas-Boas, o filho pródigo. Tudo escolhas certeiras de Pinto da Costa, tudo protagonistas inesperados na sua gesta.
Mas o presidente azul e branco gosta de que o protagonismo fique reservado para outros e prefere treinadores de low profile. O seu longevo mandato, ad aeternum, assim o confirma. Perfil compartido por figuras que vão de Jesualdo Ferreira a Fernando Santos, de Vitor Pereira a Carlos Alberto Silva, de Tomislav Ivic a Bobby Robson. Cada vez que apostou noutro modelo de treinador - Del Neri, Octávio Machado, Co Adriaanse - teve problemas sérios. Homens de pouco reclamar e muito cumprir. Homens que pedem poucos recursos e aceitam o que lhes dão. Essa é a verdadeira vara de medir dentro da SAD azul-e-branca quando se elege treinador.
Não existe - nem existiu nunca - a vontade de trazer os melhores. Nem um modelo concreto de treinadores dentro de uma escola táctica (apesar do 4-3-3 ser quase santo e senha desde meados dos anos noventa). Ou técnicos focados num mercado em concreto, no desenvolvimento de jovens, etc... Não. No FC Porto os treinadores entram pela porta pequena e saem pela grande, com títulos que em muito devem à estrutura. Saem sem fazer barulho, agradecendo a oportunidade como se de um favor se tratasse. E o ciclo continua a renovar-se. Até que alguma coisa corre mal.
Essa coisa pode perfeitamente chamar-se Paulo Fonseca.
Também se podia chamar Quinito. Os dois têm muitos em comum. A começar por um escasso historial como treinadores profissionais. Por terem sido elogiados pela imprensa com as suas gestas nos clubes mais modestos que treinavam. E porque Pinto da Costa olhou para ambos e julgou ver neles o próximo Artur Jorge/André Villas-Boas. Moldado pela sua sombra, claro. O resultado de Quinito está à vista. Um poeta do futebol com uma carreira sem muito que contar. Paulo Fonseca ainda tem tempo de emendar a mão. É até perfeitamente possível que, como tantos antecessores seus, quando deixe o FC Porto o faça com títulos debaixo do braço. O que seguramente nunca fará é com a sensação de que chegará a algo melhor. Porque como tantos outros, isso será impossível. A estrutura é irrepetível noutros cenários, espaços onde a fragilidade dos treinadores ficam a nu. Como sucedeu com António Oliveira, com Fernando Santos, Jesualdo Ferreira e poderá eventualmente passar com Vitor Pereira. A lista é grande.
Paulo Fonseca é a definição perfeita do caos.
Em cinco meses destroçou uma herança de três anos, que começou a ser forjada na raiva pós-túnel, no ano em que a direcção do clube apostou todas as fichas num rookie chamado André Villas-Boas ao mesmo tempo que reforçou da melhor forma possível um plantel já de si repleto de excelentes jogadores com João Moutinho. Foi o principio de um triénio memorável que inclui três títulos consecutivos de liga, uma só derrota na competição nacional, um título europeu e um modelo de jogo sólido. Um 4-3-3 com uma organização defensiva perfeita, transições ágeis e um leque de jogadores top. Tudo isso agora é parte de uma memória distante. Paulo Fonseca é o responsável dessa metamorfose kafkiana. Hoje o FC Porto não sabe se é homem ou se é mosca. Já não há réstias do 4-3-3, perdido entre um 4-2-3-1 que desaproveita um dos melhores médios recuperadores do mundo e um 4-1-3-1-1 sem qualquer sensação de equilíbrio. A defesa, outrora a grande arma do projecto AVB/VP é uma anedota com jogadores que nos últimos dois anos chamaram a atenção dos grandes da Europa perdidos num sistema que os deixa deslocados faces a qualquer rival. E claro, não há jogadores top porque a política comercial da SAD decidiu abdicar de duas jóias da coroa sem garantir a habitual transição, consequência de uma oferta irrecusável de mais um novo rico e de um deficit tremenda causado por uma péssima gestão a médio prazo. Mesmo assim a Paulo Fonseca entregou-se uma equipa à qual não se retirou nenhum jogador de última hora, com opções para quase todos os sectores de campo. E no entanto o caos reina. Um treinador apático (com um prazer sádico por lançar jogadores a cinco minutos do fim), uma descompensação nas suas eleições na pré-época (os extremos Iturbe e Kelvin foram deixados de lado) e um onze tipo que roça a mediania e onde cabem Licá e Josué, que a priori pareciam apenas opções de recurso. Com esse cenário desolador o FC Porto tem sido vulgarizado na Europa e perdeu o seu encanto no campeonato nacional. Lidera mais por defeito do que por virtude (o campeonato do seu rival directo tem sido tão mau, tal como a sua performance europeia), dando sinais de uma insegurança desconhecida até este ano. E em nenhum momento o timoneiro parece dar sinais de inverter o rumo. Pelo contrário, o seu discurso transborda uma arrogância inaudita para quem, até agora, representa tudo aquilo que está errado com um clube habituado a vencer sem demasiado esforço.

Paulo Fonseca acabará o ano como treinador do FC Porto.
É uma aposta arriscada da SAD e esta irá até ao fim com o treinador. Mesmo a mais do que provável eliminação precoce na Europa não será suficiente para substituir o treinador, da mesma forma que não foi com Vitor Pereira, um treinador que teve de lidar então com um balneário em revolta, que não recebia a tempo e horas e com vários jogadores que viviam a sensação de promessas por cumprir. Sendo Jorge Jesus o treinador hara-kiri habitual, o Sporting um projecto em desenvolvimento e o Braga uma sombra do que ambicionou ser, Paulo Fonseca pode ser campeão português em Maio. Seria, provavelmente, um dos piores treinadores em ostentar o título. Algo possível apenas num clube como o FC Porto. Mas ao contrário de Artur Jorge, Mourinho e Villas-Boas, verdadeiros génios dos bancos, nunca será um produto exportável para brilhar lá fora. É, como o plantel do FC Porto, para consumo interno. Está de acordo com a mentalidade e falta de ambição da linha que procura suceder a Pinto da Costa dentro do clube, mais preocupada com os negócios que com o prestigio internacional, mais interessada na compra e venda do que na glória europeia. Para essa linha, Paulo Fonseca é um treinador suficiente. Para os que aspiram a algo mais, os que pensam que a conjugação de uma secretaria-técnica de topo com um treinador de talento e com anos para trabalhar poderia ser fascinante, é apenas mais um reflexo do caos emocional em que vive o Dragão.
De Vitor Zenha a 8 de Novembro de 2013 às 08:58
De acordo Miguel.
O que mais me irrita num treinador de futebol (especialmente nos dos FCP), é aquele discurso em que o trabalho faz-se à semana e que no jogo nada tem a fazer.
Atitudes como as de Fernando Santos, Jesualdo, Vitor Pereira e agora Paulo Fonseca, onde não demonstram paixão nenhuma pelo jogo, onde poucas ou nenhumas mudanças táticas fazem no decorrer do jogo, transparecem também nas suas equipas.
Ao contrário de um Bobby Robson, de um Mourinho, de um AVB onde ao mínimo erro estavam em cima do jogador, que festejam um golo como se tivessem sido eles a marcar... isso é paixão, e isso motiva os jogadores.
Semana após semana a ouvir estes discursos apáticos de que fomos melhores, tivemos azar, foi erro do arbitro.. fod***e!!! Somos o Paços???
Mentalidades pequenas, num grande clube sempre deu asneira.
Quanto ao plantel, é dos mais fracos que me lembro.
A defesa (como disseste) outrora alvo de interesse dos tubarões europeus, hoje em dia apresenta erros de infantis.
O meio-campo é Fernando a fazer o trabalho de 3.
O ataque... existe??? Jogadores medíocres, sem capacidade de explosão, de ganhar no 1 para 1.... e jovens (que apesar de ainda não terem mostrado nada, nas suas curtas carreiras) como iturbe, kelvin e quintero encostados quando com a sua irreverência poderiam dar algo mais.
E sentar o Jackson no banco 1 ou 2 joguitos também não lhe fazia mal nenhum.
A ver vamos se isto melhora... fiquei entusiasmado com o jogo da Supertaça, mas nada mais. A partir daí foi sempre a descer.
Um abraço
Vitor,
O jogo da Supertaça não podia ter sido mais enganador. O Vitória tinha o plantel por construir e jogou de peito feito, muito diferente do que depois fez para o campeonato - com a clara diferença no resultado e no equilibrio. Foi um jogo que não se repetiu porque as condições também não se voltaram a dar.
O problema está, nestas casos, em quem manda.
O FCP tem prestigio suficiente para atrair treinadores de perfil alto com a promessa de 3 anos de trabalho, de jogadores de grande potencial e de uma liga fácil de ganhar para que o projecto se concentre na Europa. Não é díficil ter esse tipo de treinador interessado. O problema é que qualquer treinador que se preze tem vontade própria, não está disposto a aceitar tudo o que lhe dão e a ver o seu plantel decidido por negócios obscuros.
Sendo assim quem manda tem de optar pelo perfil oposto, o do "cale e come" o que lhe dão. O do treinador que está agradecido a quem o contrata porque sabe que noutro cenário jamais poderia ter essas oportunidades. O tempo tem demonstrado isso mesmo. Salvo Artur Jorge, Mourinho e Villas-Boas (Robson chegou já no ocaso da carreira praticamente), nunca mais ninguém ouviu falar dos treinadores campeões do FC Porto.
Essa é a política de quem manda e não irá mudar mesmo que um ano ou outro corra mal. É também o motivo óbvio porque os Mourinhos e Villas-Boas querem sair o mais cedo possível para outros pastos. Chega um momento onde o sucesso é o maior problema de quem treina os dragões!
De Carlos a 8 de Novembro de 2013 às 09:25
O treinador de qualidade para dar estabilidade e continuidade durante muitos anos era Vitor Pereira.
A direcção tratou-o como um cão. Agora merece isto.
O Porto esta época vai perder tudo e merece perder tudo. E que no fim rolem cabeças tanto no banco como na tribuna.
Carlos,
Mesmo que o FC Porto perca com o FK Austria e nem para a Liga Europa se qualifique, perca para a Taça com o Vitória e não seja campeão, nem sequer nesse cenário irão rolar cabeças. Pode escrever!
De RP a 8 de Novembro de 2013 às 09:59
Mais um excelente post. Penso que o porto está a viver um período importante da sua vida desportiva. Internamente ganha os campeonatos com a frequência que todos conhecemos, quer seja por mérito próprio ou por demérito dos seus adversários mais directos, veja-se o caso dos últimos 2 campeonatos que foram mais perdidos pelo benfica do que ganhos pelo porto.Por outro lado as prestações europeias do Porto têm vindo a perder qualidade nos últimos anos, veja-se a eliminação com o Man.City na liga europa e a eliminação com o Málaga o ano passsado. Este ano já perdeu 2 jogos em casa para a Champions. O que me leva a pensar que os custos com o plantel do Porto para ganhar internamente são muito elevados, pois com metade do orçamento provavelmente também ganhavam. Só que todos sabemos quem ganha dinheiro nestes negócios e sabemos que a politica do porto nunca será apostar nos jovens, porque assim não há comissões para ninguém. Já sabemos que não há oposição a esta direção porque as vitórias calam muita coisa, mas se esta politica não der os resultados que os seus exigentes adeptos pretendem poderão começar a ouvir-se algumas vozes contestatárias. E nessa altura provavelmente vão-se descobrir muitas verdades escondidas, que todo o sucesso tem escondido.
RP,
Até existir uma mudança de guarda na cadeira de sonho - e mesmo assim haverá um periodo de graça normal - a contestação será minima. Precisamente porque os adeptos que foram no passado doutrinados a sonhar mais alto, agora são-nos a contentarem-se com pouco. Efectivamente o FCP, com metade do que gasta poderia ganhar um número similar de troféus internos. Disso não há a menor dúvida. Por outro lado há um claro desinteresse das provas a eliminar que impedem sempre vitórias esmagadoras nos quadros de honra que ninguém sabe explicar muito bem aos adeptos. Nem que seja porque, na Europa, as performances são cada vez piores.
Cabeça-de-serie, clube capaz de gastar 20 milhões em dois laterais ou 15 em dois jogadores mexicanos, o FCP tem a obrigação de lutar anualmente por estar com alguma regularidade no top 8 da Champions League. Quase nunca o consegue. E assim seguirá!
De PM a 8 de Novembro de 2013 às 10:21
Excelente post!
De Nice a 8 de Novembro de 2013 às 15:29
O poste é bom mas também gosto muito da lâmpada.
De Bruno a 8 de Novembro de 2013 às 17:46
O treinador tem muita culpa no cartório, tanto nas questões tácticas como nas subsituições, mas não só, quem, também deve ser responsabilizado são os jogadores, com tantos erros até parece que fazem de próposito para lixar o treinador e a SAD do Porto que não soube atrair melhores jogadores para o clube. Eu não tenho vergonha nenhuma em admitir que o plantel dos lampiões é melhor que o nosso, reparem nos extremos deles e nos nossos, os nossos nem sei se ao Braga serviam...
Bruno,
No plantel não há jogadores com estatuto suficiente para fazer isso. Os que podiam faze-lo (Lucho, Varela, Helton, Fernando que até sai livre e não ganha nada em ser o melhor) têm sido os melhores.
Licá, Josué, Defour, Herrera e companhia são escolhas da SAD/treinador. Otamendi é um desastre anunciado há muito tempo e Jackson não pode fazer milagres se a bola não lhe chega!
De Daniel Santos a 15 de Novembro de 2013 às 15:11
"Cabeça-de-serie, clube capaz de gastar 20 milhões em dois laterais ou 15 em dois jogadores mexicanos, o FCP tem a obrigação de lutar anualmente por estar com alguma regularidade no top 8 da Champions League. Quase nunca o consegue. E assim seguirá!"
Se é cabeça de serie entao será por merito proprio nos resultados nas competiçoes europeias, onde a sua performance é tao criticada aqui.
E capaz de gastar 20 milhoes em 2 laterais mas para chegar apenas ao top 16 da champions tem de eliminar ou uma equipa que gasta 45M para vir buscar o ponta de lança ou outra que gasta 50M para vir buscar o extremo...
Ja que se fala de orçamentos achas mesmo que o orçamento do porto esta entre os 8 melhores da champions? nem nos 16 quanto mais.
Conheces alguma equipa fora dos 4 grandes campeonatos que regularmente se apresente no top8 da champions?
Daniel Santos
Daniel,
As classificações da UEFA incluem a pontuação em três elementos. Participação na Liga dos Campeões, na Liga Europa e a do país. Neste caso, sendo que a que se encontra vigente se remonta a um periodo em que o melhor resultado do FCP na CL foi um oitavos-de-final, está claro que o sucesso na segunda prova da UEFA e as boas performances gerais de algumas equipas portuguesas contribuiram para essa realidade. Não é por acaso que o Benfica também é cabeça-de-serie e que alguns dos clubes que podiam estar nesse pote não estiveram porque falharam o assalto à competição em ligas mais exigentes.
Eu conheço poucas equipas que gastam mais 20 milhões de euros em dois laterais menores de 21 anos, ou que gastam 18 em dois internacionais mexicanos, para os colocar a rodar na respectiva equipa B. Não acredito que exista um só clube na Europa capaz de gastar 40 milhões de euros dessa forma. Há, seguramente, clubes financiados por empresas privadas que gastam mais (e nem sempre melhor) mas o FCP está, actualmente, entre os clubes que mais dinheiro move no mercado, tanto em saídas como em entradas e em campo, lamentavelmente, essa realidade não se reflecte.
Seguramente que não existe nenhuma obrigação de uma presença reiterada no top 8 como têm o Manchester City, United, Chelsea, Barcelona, Real Madrid, PSG, Zenit, AC Milan, Bayern Munchen ou Dortmund. Nem haverá nunca. Mas quando o sorteio se revela tão favorável como tem sucedido nos últimos anos (Schalke 04, um Arsenal "decadente" e um Málaga a desmantelar-se tão depressa quanto se montou) não há desculpas.
O futebol europeu actual vive muito das diferenças orçamentais que existem. Mas não exclusivamente. Desde a última vez que o FC Porto esteve num Quartos-de-Final (2009) equipas com orçamentos muito inferiores também por lá passaram, equipas sem o mesmo pedigree, sem a mesma ambição, sem a mesma qualidade individual e colectiva. Portanto não deve ser assim tão impossível de conseguir!
De Daniel Santos a 17 de Novembro de 2013 às 16:19
Arsenal decadente? fabregas, van persie, nasri, walcott, clichy ou bendtner nao parece muito mal...
Assim de repente:
Benfica: ola john 8M,Sidney 7M, roberto 8,5M, Salvio 13,5M.
Tottenham: Erik lamela 21 anos 30M (raramente titular), Eriksen 21 anos 15M (7 vezes titular esta epoca).
Napoles: Zapata 8M, Mertens (5 jogos titular) 10M, eduardo vargas 13M (ja recambiado para o sul da america), Dzemaili 10M (5 jogos a titular esta epoca).
Shakhtar: Bernard 25M (5 jogos titular), Fernardo trinco de 21 anos 15M.
O porto foi o 30º clube mais gastador este verão, e é o 31º no acumulado dos ultimos 3 anos (data referente a essas contrataçoes).
Quanto ao ranking que conta as ultimas 5 epocas, o porto apurou-se em 3 delas para os oitavos e uma delas chegou aos para os quartos.
Equipas que fizeram melhor: Manchester U, chelsea, Arsenal, Barcelona, Real, Bayern, Lyon, Inter e Milao.
Portanto essa presença assidua depois da fase de grupos ja é um patamar muito forte que tirando as equipas de top(exceção ao lyon), mais nenhuma consegue com a regularidade do porto.
Cumprimentos
Daniel,
O Arsenal entre 2008-12 foi, sem dúvida, a versão mais decadente dos últimos 25 anos da história dos gunners. E como citei no comentário anterior, quando um clube tem um patrocinador/mecenas forte (como tem o Napoli e o Shaktar) ou recebe 100 milhões por vendas e as volta a investir, não sei onde está a relação de confronto com a ideia do FC Porto gastar muito e gastar mal para o que consegue.
Nos últimos cinco anos o FC Porto foi cabeça-de-serie em duas ocasiões e em nenhuma delas venceu o seu grupo. Foi eliminado por uma vez na fase de grupos por uma equipa do Chipre. Caiu contra o Schalke 04, Arsenal e Málaga nos oitavos-de-final, nenhum gigante que justificaria essa eliminação de forma natural. A última participação nos Quartos remonta a 2009, o último ano em que o actual ranking é válido. Portanto, a partir do próximo ano, deixa de ter validade o único resultado de qualidade conseguido na competição. Devia dar que pensar.
O Daniel pode, perfeitamente, achar que o FCP está a cumprir na Europa. São os critérios de ambição que um projecto desportivo hegemónico interno, capaz de gerar milhões (e de os gastar) que podem variar.
De Daniel Santos a 18 de Novembro de 2013 às 14:21
È mesmo esse o ponto, acho que o Porto tem a "obrigação" de chegar aos oitavos de final, tudo o resto é proveito, logo nos ultimos anos so por uma vez nao cupriram.
Acho que uma equipa sem mecenas e fora dos big 5 não poderá aspirar a muito mais pelo menos de forma repetida, mas aceito quem coloque a bitola mais alta, mas quase garanto que uma equipa que nao apresente um dos dois items acima mencionados o consiga fazer. Ha alguma equipa que tendo em conta o que gasta tem resultados condizentes?
CUmprimentos
Daniel,
Eu também acho que o FCP só tem obrigação de alcançar os Oitavos-de-Final da Champions League. Aliás é uma obrigação natural a qualquer cabeça-de-serie da sua fase de grupos. A partir do momento em que se está no top 16 da Europa, na elite, tudo pode suceder.
Se o sorteio depara rivais claramente superiores em todos os sentidos, nada a fazer. Qualquer resultado é meritório, em especial se em campo se demonstrar o nível da equipa. Mas quando o sorteio, como tem sucedido, coloca frente a frente rivais de nível similar, então há motivos para pensar que algo mais é perfeitamente possível. E foi-o com o Schalke 04. E com o Arsenal. E com o Málaga. Da mesma forma que o foi com o Atlético de Madrid em 2009.
O que considero, sobretudo, é que não existe essa ambição na estrutura dirigente do clube e isso é visivel sobretudo no arranque de cada temporada. Há um modelo de negócio que irá permanecer nos próximos anos e que não se enfoca nas prestações europeias para lá dos serviços minimos.
um abraço
Comentar post