Quinta-feira, 30 de Agosto de 2012

Os prémios individuais em desportos colectivos são sempre dificeis de justificar. O mediatismo de um individuo supera sempre o trabalho de um todo e o glamour de um troféu ajuda a definir o contorno de uma carreira. No caso de jogadores que jogam debaixo dos focos, surgem sempre como uma curiosa surpresa. Mas nenhum jogador, entre o trio eleito, merecia mais o troféu de jogador europeu do ano do que don Andrés, o malabarista manchego.

Iniesta não tem o perfil de vencedor de prémios.

Vende poucas camisolas, não gera uma especie de palpitação única no coração das mulheres e não inspira, precisamente, os mais novos a ser como ele. Calado, branco como nenhum outro filho do calor de Albacete, cabeça baixa, está para o futebol moderno como outros gentlemans do passado estiveram para os grandes nomes da sua era. Mas por cada Messi, estrela global em todos os sentidos, está sempre um Iniesta. E há quem arrisque, ás vezes como se fosse pecado, a dizer em voz baixa que talvez o lado humilde do espelho seja maior do que o lado mediático. No caso de Iniesta, poucos duvidam.

O médio espanhol é o herdeiro natural de Zinedine Zidane. O francês também demorou largos anos a habituar-se ao protagonismo. Em Bordeaux e Turim já exibia todo o seu talento, já vencia competições nacionais e internacionais, já liderava a sua selecção à glória suprema. Mas, de certa forma, ainda vivia longe da imagem de glamour que herdou com a camisola 5 quando Florentino Perez fez dele o seu segundo Galáctico. Se os melhores anos da sua carreira foram os passados na Juve, a memória colectiva lembra-se dele de branco ao peito, essa associação de um clube e projecto mediático ao seu ser tranquilo e longe de qualquer suspeita. Iniesta seguiu-lhe as pisadas. Começou por baixo e sofreu as duras penas de ser suplente de um Deco estelar na sua chegada ao Camp Nou. Foi encontrando, a pouco e pouco, o seu espaço no projecto de Rijkaard mas, como dizia Guardiola, o manchego estava destinado a outros voos.

Pep tinha dito a Xavi que este seria o responsável pela sua reforma, mas que Iniesta os acabaria por superar aos dois. Partindo do principio que Xavi Hernandez já não voltará a vencer um troféu individual depois de três anos a bater à porta, mediaticamente o Mundo partilha da ideia do ex-técnico blaugrana. Se o AC Milan de Sacchi viu Gullit e van Basten vencerem o Ballon D´Or, agora é o Barcelona do projecto guardilesco que tem em Messi e Iniesta duas estrelas premiadas a ouro.

 

Há quem diga que troféus como este pecam pela dificuldade do adepto em perceber o que realmente se premeia.

Se um ano natural concreto, se uma temporada, se uma carreira, se o talento puro e genuino ou se um evento marcante em que um jogador deixou a sua marca. O desaparecimento do FIFA Award e a posterior fusão com o Ballon D´Or da France Football trouxe ainda mais confusão porque afastou os jornalistas do papel de protagonistas, à hora de votar, e entregou aos capitães e seleccionadores do mundo o poder de decidir. É dificil de compreender a decisão porque a principal consequência, como se viu em 2010 com a ausência de Wesley Sneijder do pódio, centra-se na excessiva mediatização do prémio. Por esse mundo fora serão sempre os jogadores mais mediáticos, leia-se Messi e Ronaldo, a somar mais votos simplesmente porque são aqueles que o Mundo realmente conhece de memória. Votar em Falcao, Drogba, Xavi ou Casillas torna-se num problema quando se pode eleger, ano atrás ano, entre o argentino e o português.

Michel Platini, num gesto oportuno, daqueles que domina bem como fazia com a bola nos pés, aproveitou o vácuo deixado pela publicação francesa e juntou de novo a imprensa que o coroou como o primeiro jogador a vencer 3 Ballon D´Ors consecutivos para um novo prémio. Um prémio que relembra a ideia inicial da France Football, com a introdução de jogadores não-europeus (que impediu Pelé e Maradona de vencer uns quantos troféus), como alternativa lógica. Ainda não tem, se é que alguma vez terá, o peso mediático da Bola de Ouro, mas a ideia é louvável. 

Que o vencedor de este ano seja Andrés Iniesta contribui, ainda mais, para abrir essa terceira via.

Lionel Messi é o jogador mais espectacular do Mundo. Se o talento puro fosse o único condicionante, provavelmente o argentino iria vencer ano sim, ano também. Mas Messi, dentro de toda a sua grandeza, já venceu dois prémios da France Football sem merecê-lo e não viveu em 2011/12 o seu melhor ano individual. Cristiano Ronaldo, que vive amargado na sombra do argentino, ficou duas vezes à porta da glória. Penaltys fatidicos, um falhado e outro que nem se atreveu a marcar, que ditaram o seu destino. Tivesse o Real Madrid vencido a Champions League ou Portugal eliminado Espanha e ninguém questionaria o seu triunfo. Mas a hora de Iniesta tinha de chegar.

Foi o melhor jogador espanhol do Europeu. Foi um dos melhores jogadores do Barcelona durante a época, carregando tantas vezes com a equipa às costas quando o Real Madrid fugia na tabela classificativa e contra o Chelsea o seu desaparecimento condenou os blaugrana a uma derrota inesperado. Podia tê-lo ganho em 2010. Podia tê-lo ganho em 2011. Venceu em 2012 e não há uma voz no mundo que se alce indignada.

 

Iniesta é o herói humilde do jogo de todos. Não tem a preparação fisica de Cristiano Ronaldo e o espirito potrero de Messi. Mas tem a magia do futebolista tranquilo. O conhecimento táctico que lhe permite ler os jogos como nenhum dos outros dois é capaz. Lidera desde o silêncio e decide jogos decisivos com a frieza dos maiores. Desde Zidane que nenhum jogador do seu perfil tinha chamado a atenção do Mundo, nesse imediatismo voraz de procurar o espectáculo pelo espectáculo, o golo pelo golo. O espanhol é filho da escola que, mais do que os artistas individuais, ajudou o mundo do futebol a crescer, a fazer-se popular, a fazer-se arte. Iniesta nasceu para triunfar. Finalmente o Mundo parece ter-se dado conta.



publicado por Miguel Lourenço Pereira às 15:26 | link do post | comentar

27 comentários:
De DC a 31 de Agosto de 2012 às 00:03
Desculpa mas 2011/2012 foi claramente o melhor ano individual do Messi tanto no Barcelona como na selecção!
Não o foi a nível colectivo mas ele pulverizou todos os seus números tanto no campeonato como na Champions e inclusive na selecção argentina. O Barcelona sim, esteve um pouco abaixo do que podia fazer.

Mas este prémio é justíssimo para o Andrés e concordo em absoluto com a comparação com o Zidane.
Acredito que na bola de ouro será o Messi a ficar em 1º e o Iniesta em 2º e só posso dizer que a ser assim considero justíssimo.


De Miguel Lourenço Pereira a 31 de Agosto de 2012 às 00:26
DC,

O ano passado foi onde o Messi mais golos marcou e mais se fez notar porque a equipa do Barça esteve uns furos abaixo da sua melhor versão. Mas não é, na minha opinião, o seu melhor ano individual que não se contabiliza só em golos ou assistências. Creio que no ano anterior esteve ainda melhor.

Imagino que Iniesta vença o Ballon D´Or mas a votação, empate entre Messi e Ronaldo, diz claramente que o Messi vai estar no top 3. É pena, quando podiam estar Falcao, Casillas ou Drogba.

um abraço


De JV a 31 de Agosto de 2012 às 11:11
É pena Messi estar no top 3? tal como disse é o jogador mais espectacular do mundo, e depois da quantidade inacreditável de assistências e golos que fez, não consigo entender esse comentário. Tenho quase a certeza que vai ser ele o vencedor do Ballon D'Or, e de forma justíssima. Pelo que entendo, este prémio consagra o jogador mundial com o maior talento demonstrado dentro de uma base de regularidade e consistência, independentemente da euipa em que está ser vencedora ou não (é claro que se a euipa vencer, ajudará, mas não deve ser critério fundamental). Se forem estes os critérios a ter em conta Messi não dá hipótese, nem este ano, nem nos próximos 3/4 anos (se tudo correr como "normal").

Imaginemos por exemplo um jogador do outro mundo que em determinada época realizava uma época estupenda, destacando-se dos demais, mas apesar disso, dado estar integrado numa equipa com uma qualidade infeiror ao seu nível, não conquistar nenhum troféu. Seria por isso que não deveria receber a nomeação de melhor jogador do mundo? Não me parece...

De resto acho que faz todo o sentido a comparanção de Iniesta com Zidane. Ambos têm muitos aspectos semelhantes. Génios absolutos.
E o prémio que recebeu ontem quanto a mim é inteiramente justo, nem que seja apenas para ficar com um troféu individual na estante lá de casa, algo que tristemente não aconteceu com Xavi.

Cumprimentos.


De Miguel Lourenço Pereira a 31 de Agosto de 2012 às 15:20
JV,

Sob o pressuposto que o jogador de maior talento deve vencer o Ballon D´Or por inércia, então olhando para trás, e mesmo esquecendo que os jogadores não-europeus só desde 1995 é que podem ganhar, porque não venceu Ronaldinho, Zidane, Baggio ou van Basten por três ou quatro anos consecutivos quando eram, na sua etapa, destacadamente os melhores do Mundo?

A natureza do Ballon D´Or foi adulterada com a fusão do prémio da France Football com o FIFA Award. Deixou de ser o melhor jogador e mais determinante num espaço concreto de tempo para ser o jogador mais espectacular num ano, com um passado mediático por detrás. Olhando para os meios disponíveis, Falcao, Drogba e o papel de Casillas foram mais relevantes que a época de Messi este ano, um jogador que não venceu nenhum titulo colectivo, salvo a Copa del Rey, e cujos golos, como sucedeu com Ronaldo no ano anterior, não serviram de nada num desporto que ainda é colectivo.

Se queremos criar um prémio que premeie exclusivamente o génio, então sim, Messi pode vencer durante três ou quatro anos mais. Mas então qualquer interesse, se é que ainda existe, num prémio que devia olhar para o ano como uma série de desafios, perde todo o sentido.

Dito isso, acredito perfeitamente que o Ballon D´Or possa ser para ele. Mas tal como não devia ter sido em 2009 (Xavi) e 2010 (Sneijder), também não creio que seja um prémio merecido.

um abraço


De DC a 31 de Agosto de 2012 às 12:19
Para a bola de ouro não contam só os votos da imprensa. Essa imprensa o Real Madrid ainda consegue influenciar, como se viu pelo ridículo voto do jornalista espanhol.
Agora quando falamos em capitães de equipa e treinadores, eles já defrontaram os 3 jogadores e sabem perfeitamente que Messi é o melhor do Mundo.
Aliás só há 2 países onde ainda se coloca essa questão: Portugal e Espanha. E isso devido à imprensa facciosa.
No resto do Mundo já toda a gente diz que é Messi e depois os outros todos. Basta ver opiniões de Rooney ou Ferdinand, a votação dos próprios jogadores na Alemanha a colocarem Messi com 70% dos votos para melhor do Mundo (e Ozil em 2º lugar), entre muitos outros exemplos.

Messi vai vencer a 4ª e Ronaldo nem sequer beneficiando da dispersão de votos entre Iniesta e Messi vai conseguir voltar a tocar no ouro. (e ontem aquela cara de azia aliada às respostas completamente provocatórias não ajudaram nada)


De Miguel Lourenço Pereira a 31 de Agosto de 2012 às 15:24
DC,

Honestamente, eu prefiro um prémio atribuido pela imprensa do que outro que pode ser decidido pelos votos do capitão, jornalista e seleccionador de Vanuatu, Timor, Singapura, Tailândia ou Zâmbia. Não porque não sejam conhecedores do mundo do futebol mas porque são claramente influenciados pelo poder mediático de Messi e Ronaldo sobre jogadores que, nos modelos anteriores a este prémio, já podiam ter vencido este troféu, como é o caso de Iniesta.

Não tenho dúvidas que a maioria dos votos será de Messi e Ronaldo e talvez Iniesta termine em segundo, dependendo dos adeptos do Barcelona por esse mundo fora votarem nele primeiro ou não. Mas eu continuo na minha. O Ballon D´Or nunca foi o prémio ao melhor do mundo. Foi sempre o prémio à melhor temporada ou à melhor performance num evento particular. Em nenhum dos casos Messi é digno vencedor do que quer que seja.

um abraço


De DC a 31 de Agosto de 2012 às 16:22
Na minha opinião quem está confundido é o Miguel.
A bola de ouro é um prémio INDIVIDUAL! O Barcelona esteve mal, no entanto o Messi esteve fabuloso. Cilindrou o recorde de golos em Espanha, bateu o recorde golos na Champions e bateu o recorde de golos da história do futebol numa só época. E em relação a assistências foi o melhor assistente de Espanha juntamente com o Ozil.
É indesmentível que fez uma época fantástica!

O problema é que desde que o Cannavaro ganhou o prémio as pessoas pensam que só se deve entregar a bola a vencedores de troféus. E isso não faz qualquer sentido. O melhor do Mundo depende sempre duma equipa e a equipa é que ganha.

E para lhe dar um exemplo da importância do Messi e do Ronaldo, se tirássemos ao Real e ao Barça os golos de ambos o Real manteria o 1º lugar enquanto que o Barça seria 6º!
O Real foi melhor equipa (basta ver os golos dos seus 3 avançados) mas o Messi foi muito melhor jogador!


De Miguel Lourenço Pereira a 31 de Agosto de 2012 às 19:38
DC,

Eu não estou em nada confundido, tenho a minha interpretação do Ballon D´Or ou de qualquer outro prémio. Muito, mas muito antes do Cannavaro, já a France Football incentivava a importância de competições para a definição de um prémio. Não é de agora e particularmente nem é sequer uma condicionante que me interesse particularmente.

O Messi como goleador foi maravilhoso, como nunca, e para isso já existe um prémio, a Bota de Ouro. Misturar o conceito goleador com a Bola de Ouro é partilhar da mesma ideia que um guarda-redes nunca poderá voltar a vencer o prémio, quando Casillas foi fundamental para o título do Real Madrid e para o título de Espanha. Como medir quem é mais influente, se Casillas ou Messi, sem entrar no mundo da especulação?

Quantas "defesas para golo", quantos cortes no último minuto, quantos passes se medem em comparação com golos? O futebol é um jogo que procura ser objectivo e manter prémios subjectivos. O debate estará sempre aberto!


De filomeno a 31 de Agosto de 2012 às 18:13
Francisco Justicia votó en conciencia. La "imprensa" en España es pro- Barça en un 90 por ciento.......


De DC a 31 de Agosto de 2012 às 22:19
Claro claro, Marca e AS são pró-Barça sem dúvida.
Caro Filomeno eu leio os 4 jornais desportivos espanhóis, há 2 a favor do Barça (Sport e Mundo deportivo) e 2 a favor do Real (Marca e AS).
E quem foi convidado para a votação como poderá ver no site da UEFA foi o jornal Marca.


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