Sábado, 25 de Junho de 2011

A preocupante situação financeira do Barcelona levou Sandro Rossell a adoptar uma postura que vai totalmente contra o ideário desportivo que a filosofia de Guardiola tem implementado, com um sucesso inquestionável, no futebol do clube. Apadrinhada por Johan Cruyff, sempre omnipresente em assuntos de estado, a ideia de abdicar de alguns dos maiores talentos da Masia para mergulhar no complexo mercado de transferências é um sério ponto de inflexão na filosofia do clube blaugrana e afasta o clube do ideário romântico que tanto sucesso tem tido junto do público mundial.

 

Bojan Krkic parece ser o primeiro. Mas seguramente não será o último.

O Barcelona, segundo Cruyff, deixou de ser "Més Que un Club" no momento em que aceitou "manchar" as camisolas blaugranas com publicidade. Depois do truque publicitário - e algo hipócrita - chamado UNICEF (que permitiu à UEFA dobrar, uma vez mais, as suas regras em prol do clube blaugrana ao permitir que o clube tenha duplo patrocinio na próxima Champions ao contrário do que está nos seus estatutos) chegaram os petrodólares da Qatar Foundation, a mesma organização que pagou o apoio de Guardiola à candidatura mundialista do país que organizará o Campeonato do Mundo de 2022. Mas o buraco financeiro deixado na era Luis Nuñez (e engordado com a gestão de Joan Laporta) é tal, que nem esse negócio das Arábias se revelou suficiente.

Juntamos a essa vicissitude as incursões pontuais do clube no mercado de transferências e o quadro complica-se.  Em quatro anos o Barcelona gastou mais de 280 milhões de euros em contratações, com alguns flops consideráveis como foi o caso de Chygrinski (30 milhões), Zlatan Ibrahimovic (40 milhões mais o passe de Samuel Etoo) ou um conjunto de jogadores que mal vestiu a camisola da equipa principal (Henrique, Keirrison, Cáceres e Hleb). Ao mesmo tempo o clube não conseguiu sacar proveito das suas vendas (Henry saiu de forma gratuita, Etoo foi oferecido, Ronaldinho idem, Ibrahimovic chegou emprestado ao Milan que tem agora de pagar 24 milhões pelo seu passe, metade do que custou, ...) e agrandou ainda mais o buraco financeiro. A aposta pessoal de Guardiola na cantera que conhecia como ninguém resultou ser um brilhante negócio para a presidência do clube. A prata da casa não só permitia ao técnico manter a competitividade e filosofia do seu projecto como garantia, ao mesmo tempo, uma imensa poupança em gastos que a médio prazo poderiam salvar as arcas do clube. Mais do que uma filosofia desportiva, apostar na Masia foi sobretudo uma brilhante jogada de gestão. Guardiola evitava ter, como tem o Real Madrid, jogadores de primeiro nivel internacional com salários principescos sentados no banco, e o clube baixava o que gastava em salários e comissões e rentabilizava as suas instalações desportivas de formação como nunca tinha logrado no passado. Mas depois de três anos de máximo sucesso desportivo e algum reequilibrio económico, Sandro Rossell quer inverter a tendência. A Masia, mais do que funcionar como apoio à primeira equipa, ameaça em transformar-se num apoio para a conta bancária do clube.

 

Cruyff deu o tiro de saída num dos seus artigos semanais no El Periodico de Catalunya.

O holandês, que está a caminho do Ajax para reorganizar o futebol base do seu clube de origem, lançou o desafio à directiva e equipa técnica. Afinal o clube conta com mais de uma dezena de jovens "canteranos" com mercado e projecção de futuro e outra dezena com uma projecção menor mas que, com o rotulo de escola Barcelona, vale mais no mercado que muitos jogadores mais bem preparados. A notável temporada do Barcelona B, terceira na Liga Adelante, deu a conhecer ao mundo o génio de Thiago, Sergi Robert, Jonathan dos Santos, Rafa, Oriol, Jonathan Soriano e companhia. Esses nomes juntavam-se aos já habituais da primeira equipa, Bojan, Jeffren e às promessas Botia, Muniesa e Miño. Um onze titular praticamente com um potencial de primeiro nível assinalável.

A maioria treinou com a equipa principal durante o ano e muitos estrearam-se mesmo ao serviço de Pep Guardiola que sabe quais são as pérolas de maior projecção da sua cantera. Mas hoje em dia os próprios jogadores da Masia olham para si com outros olhos. Inspirados pelo sucesso do clube e, sobretudo, pelo impacto de Busquets e Pedro, todos querem a sua oportunidade junto a Messi e companhia. Mas nem todos a terão. Continuar na equipa B é um desafio cada vez menos estimulante para alguns e sair um risco, para eles e para o clube. Não segundo Cruyff.

O homem que criticou o Real Madrid por vender os seus melhores canteranos com direito a opção de recompra agora aconselha precisamente isso mesmo ao clube, para equilibrar as contas e investir no mercado de transferência. Negociar o futuro de Bojan, Jeffren, Thiago, Soriano, Muniesa e companhia parecia uma utopia há uns meses. Agora começa a soar como uma inevitabilidade.

No meio desta jogada aparece a figura de Sandro Rossell. O ex-directivo da Nike, responsável pela chegada do primeiro batalhão de brasileiros durante o mandato inaugural de Laporta, quer deixar a sua influência no projecto do clube. O seu medo de que Guardiola deixe o banco do Camp Nou no final deste ano estimula-o ainda mais a tomar controlo da situação. O caso Fabregas representa o primeiro confronto directo entre direcção e técnico. Guardiola quer o capitão do Arsenal, sente-o como um dos seus e quer repetir o processo de Piqué. Mas Rossel não está disposto a pagar o que o Arsenal pede (algo que a Nike, sua antiga empresa, não veria com bons olhos porque precisa do espanhol para aumentar as suas vendas com o merchandising dos gunners) e prefere gastar o mesmo dinheiro em jovens promessas sul-americanas. Alexis Sanchez e Neymar são sonhos seus, não de Guardiola, que preferia Fabregas e Rossi (por quem o clube ofereceu uns miseros 25 milhões, mais Bojan). 

Guardiola não quer perder o seu backup, a sua cantera, mas começa a ser dificil manter a jogadores como Jeffren e Bojan contentes com o facto de serem os eternos suplentes de Messi e Villa. O próprio Thiago, talvez a maior promessa do clube em muito tempo, sabe que se chega Cesc, como quer o treinador e o plantel, o seu espaço de manobra desaparece. E o técnico de Santpedor entende a situação financeira do clube. Por isso avalou a saída de Bojan para a AS Roma, onde está o seu anterior adjunto Luis Enrique, e ao jovem dianteiro podem brevemente seguir-se muitos mais. O jovem avançado que explodiu no último ano de Rijkaard pagou o preço do seu nervosismo e da mutação táctica de Leo Messi, um génio que nunca falha e raramente perde um jogo. Depois de três anos onde actuou muito pouco, Bojan precisa de jogos para demonstrar que o mais concretizador avançado da história da Masia pode repetir o feito junto dos mais velhos. A sua venda, por 10 milhões, é o principio do fim do romantismo ideológico de Guardiola. Utilizar a sua cantera como meio de reforçar as contas do clube - como fez o R. Madrid com Negredo, Albiol, Arbeloa, Granero, Soldado, de la Red, Mata, Parejo e companhia - significa que os back-ups da primeira equipa passarão a ser jogadores de fora, sem a cultura de base da escola que tanto tem encantado o mundo.

Com uma primeira equipa de sonho é fácil perceber que - salvo a posição de defesa-esquerdo - há pouco onde se possa melhorar o actual Pep Team. Qualquer entrada será, como a de Affellay ou Keita, para servir como apoio. Enquadrar nomes consagrados como Rossi ou Cesc ou promessas do nivel de Sanchez, Neymar ou Pastore nessa politica pode dar mais do que uma séria dor de cabeça a Pep Guardiola. Ao mesmo tempo, vender o melhor que a cantera de Barcelona tem para oferecer diminuiu o prestigio moral do clube ao mesmo tempo que também permite que o ideário blaugrana encontre refúgio noutros projectos que pretendem emular a filosofia do clube da cidade Condal. A Masia tem, desde já, ordem para voar. É uma decisão que financeiramente pode funcionar a curto prazo mas que num futuro pode multiplicar os casos como o de Cesc Fabregas e acabar por ser um erro de planeamento a médio e longo prazo. Com esta jogada, Rossell demonstra também que o presidencialismo também já chegou ao Camp Nou.



publicado por Miguel Lourenço Pereira às 00:06 | link do post | comentar

14 comentários:
De DC a 27 de Junho de 2011 às 11:56
Para já só saiu Bojan e naturalmente já que nunca passou dum suplente razoável. De resto de todos os outros nomes não há nada confirmado.
Além disso os jogadores da cantera desde sempre sairam do Barça, basta olhar aos plantéis da liga espanhola e verá uma série de jogadores formados no Barça.
O Barça mantém a mesma política de sempre, contratar os melhores e aproveitar os realmente bons da cantera (ou Ronaldinho, Eto'o, Dani Alves, Abidal, Mascherano, Deco, Ibra, entre muitos outros são da cantera?).

E quanto a não precisar de reforços, o Barça precisa claramente dum central, dum ala (Alexis), dum avançado e duma alternativa a Dani Alves!

Não vejo um fim de nada nesta recente política de contratações, os bons são para ficar, os menos bons se se puderem vender perfeito!


De Miguel Lourenço Pereira a 28 de Junho de 2011 às 09:02
DC,

Durante 4 anos todos os relatórios da Masia apontavam Bojan como uma futura estrela galáctica. Foi mesmo convocado para o Euro 08 sem internacionalizações e apenas com 10 jogos pela equipa principal do Barça mas recusou, deixando já antever que mentalmente não é um jogador de alta competição. Ninguém marcou tantos golos como ele nos vários escalões de formação e numa posição em que a cantera barcelonista nunca produziu jogadores de top, era uma fortissima aposta que falhou.

Quanto aos jogadores do Barça, é mais dificil encontrá-los em equipas espanholas do que do R. Madrid, por exemplo. Os canteranos da Masia acabam por apostar mais depressa na diaspora e só De la Peña, que chegou a ser visto como o elo perdido entre Guardiola e Xavi, funcionou noutro clube espanhol ao mesmo nivel que exibiu nos seus dias do Camp Nou.

O problema desta politica é que contradiz a mensagem que o clube gosta de passar. Desportivamente faz todo o sentido, mas quando Guardiola defende que a única diferença entre a cantera do Barcelona e do R. Madrid é que em Barcelona os canteranos jogam e brilham, no fundo o que o técnico vende é uma fálacia porque o clube para fazer caixa segue exactamente a mesma politica desportiva dos merengues (e de qualquer clube de top) que é contratar os melhores e aproveitar o melhor da cantera. Isso parece-me lógico, agora planear gastar fortunas (que o clube não tem) para trazer jogadores que têm versões made in Barcelona em casa, é um contra-senso tendo em conta a campanha de marketing do Barça 100% cantera que se vende dia após dias.

um abraço


De DC a 28 de Junho de 2011 às 12:17
Não concordo.
Guardiola pode dizer isso com toda a legitimidade porque apostou em busquets, Jeffren e Pedro enquanto que o Real dispensou Mata, Soldado, Parejo entre outros.
Agora isso não o obriga a promover todos os "putos" que são titulares na equipa B. Há jogadores que o merecem e outros que não. Mata por exemplo seria titular de caras neste Real!
O caso do Bojan demonstra que o nível de exigência é muito diferente. Aliás antes dele já o Iago Falqué, jogador que brilhava junto com o Bojan foi dispensado.


De Miguel Lourenço Pereira a 28 de Junho de 2011 às 14:02
DC,

O Guardiola apostou - e muito bem - em Busquets e Pedro.
Não apostou nem em Jeffren, nem em Bojan, nem em dos Santos...deu-lhes minutos, o que é diferente.

Claro que nem todos os jogadores dos B podem jogar na primeira equipa, isso não está em causa. Como não está a má gestão do R. Madrid nos últimos 5/6 anos com os Mata, Borja, Soldado, Negredo, Diego Lopez e companhia. O que eu não gostaria de ver é o Barça na mesma posição daqui a 5 anos porque preferiu contratar o Alexis Sanchez em lugar de dar mais tempo ao Jeffren, ou o mesmo com o Thiago, Rafinha, Robert, ...

O Iago, como o Gio dos Santos, em que Rijkaard apostou muito, teve problemas a renovar o contracto (queria muito dinheiro) e nisso o Barcelona faz jus à fama dos catalães e preferiu dispensá-lo. A questão aqui está no conceito de vender cantera para pagar estrelas internacionais, que é o que fez o R. Madrid e o que o levou a esta situação, quando a filosofia, que partilho, de Guardiola, é trazer o minimo de gente de fora possivel para crescer com os da formação. A melhor do Mundo de longe!

um abraço


De DC a 28 de Junho de 2011 às 14:21
Sim, eu concordo, mas temos que por as coisas em perspectiva.
Se o Barça vender o Thiago, claramente um futuro craque para se financiar para outras contratações concordo que estará a desvalorizar as camadas jovens, agora se vender Jeffren por exemplo? Jeffren não seria titular no Porto e no Benfica por exemplo.
Já Bojan é um bom suplente mas nunca chegaria a titular no Barça, pura e simplesmente não tem hipótese para os concorrentes. Sai para jogar e o Barça pode voltar a contrata-lo por pouco mais do que o vai vender.

E até penso que face à inexistência de contactos por parte do Barça com centrais e laterais, veremos muita aposta na formação este ano, talvez com Montoya, Fontás, Romeu e Muniesa a aparecerem.


De Miguel Lourenço Pereira a 28 de Junho de 2011 às 15:25
DC,

O Jeffren é um extremo tremendo, deu provas disso no último Europeu de sub21 com uma Espanha superlativa, futebolisticamente encantadora, mais acutilante que a sua irmã mais velha, e com espaço seria um jogador determinante. O seu problema está mais no modelo de jogo do Barcelona que explora pouco o jogo em que Jeffren é capaz de brilhar. Mas, no entanto, Alexis Sanchez não tem caracteristicas assim tão distintas. Segundo a filosofia blaugrana, o projecto guardioliano, na dúvida, deveria sempre apostar no primeiro a incorporar um jogador de fora, igualmente jovem, e que não traz nada de novo ao modelo de jogo.

Perder Thiago seria um crime para o futebol blaugrana como foi deixar sair Fabregas, daí a histeria colectiva à sua volta. Perder Bojan nem tanto, mas o problema do avançado foi, sobretudo, o posicionamento de Messi que acabou com o conceito de avançado na equipa blaugrana, chame-se Bojan, Zlatan ou quem quer que seja.

Por fim, essa politica de vender para recomprar é o que faz também o Real Madrid. A diferença é que muitos jogadores merengues, despeitados, não aceitam ser "recomprados", basta ver o caso de Negredo. Talvez o mesmo suceda com Bojan, Jeffren e Thiago num futuro não muito distante.

um abraço


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