A poucos dias da oficialização do novo detentor do Ballon D´Or, as casas de apostas parecem não ter dúvidas. O argentino Lionel Messi é o máximo favorito para vencer o mais prestigiado trofeu individual do mundo futebolistico. Fala-se sempre no duelo entre o argentino e Cristiano Ronaldo. Muitos lembram a velocidade de Andrés Iniesta, o faro de golo de Samuel Etoo e Fernando Torres ou a classe de Frank Lampard. Mas antes de que a realidade rompa a ilusão, deixamos aqui as 10 razões porque o mitico trofeu deveria pertencer a outro blaugrana de excelência: Xavi Hernandez Creus...
1 - Xavi Hernandez é um dos jogadores actuais com melhor palmarés desportivo. O médio do Barcelona tem no seu historial 2 Champions League, 4 Ligas Espanholas, 1 Europeu de Selecções, 1 Supertaça Europeia, 1 Mundial de Juniores, 2 Taças do Rei e 2 Supertaças de Espanha.
2 - Aos 29 anos, Xavi está no culminar da sua carreira desportiva. Estreou-se pela mão de Louis van Gaal na equipa principal do Barcelona em 1998 e foi imediatamente visto como o sucessor natural de Pep Guardiola. Com a chegada de Frank Rijkaard passou a jogar mais adiantado no terreno tornando-se no maestro do jogo do Barcelona e da selecção espanhola, com quem ganhou tudo o que havia para ganhar.
3 - Foi eleito o Melhor Medio da última edição da Champions League recebendo igualmente a distinção de melhor jogador da final onde assistiu os dois golos da equipa catalã. Foi igualmente eleito MVP do último Europeu de futebol.
4 - É actualmente o médio criativo mais desiquilibrante do futebol mundial. Pauta o jogo de dois campeões europeus - de clubes e selecções - e é o principal responsável pelo fio de jogo elogiado no Pep Team. O jogo do Barcelona e da selecção de Espanha passa todo pelos seus pés.
5 - A sua ausência no onze de Guardiola significa, quase sempre, problemas para o técnico. Ao contrário das suas estrelas mais cintilantes, sem as quais o Barcelona já provou saber vencer, sem Xavi em campo a máquina azulgrana perde completamente o rumo.
6 - É o espelho do futebolista como artista. Não tem a força fisica nem é tão completo como Cristiano Ronaldo. Não possuiu o sprint e a finta desconcertante de Lionel Messi. Mas reune em si todas as caracteristicas de um criativo de excepção, eximio nas bolas paradas, com um remate letal e uma visão de jogo de mestre de xadrez.
7 - É o simbolo número 1 do Barcelona. Producto de La Masia, encarna todos os ideais do estilo de jogo do clube catalão. Capitão na ausência de Charles Puyol, demonstra uma total fidelidade à causa azulgrana tendo rejeitado por diversas vezes a transferência para o estrangeiro, apesar das ofertas de AC Milan, Inter, Chelsea e Manchester United.
8 - Disputou em 10 anos 475 jogos ao serviço do Barcelona e 82 pela selecção espanhola. No total apontou 55 golos ao largo da sua carreira e hoje é o atleta do Barcelona com mais jogos nas provas europeias e o segundo com mais encontros na liga espanhola. Exceptuando uma tormentosa lesão que o afastou da final da Champions League de 2006, manteve uma impecável folha de lesões e cartões que o levaram a ser eleito, por três vezes, o jogador com mais fair-play da liga espanhola segundo a revista Don Balon. Um exemplo de profissionalismo e fair-play recompensado pela UEFA ao outorgar-lhe o titulo de capitão da sua selecção ideal em 2008 e 2009.
9 - Ao contrário dos seus mais directos rivais, Xavi Hernandez mantém o seu mesmo estilo de jogo e nível exibicional no seu clube - FC Barcelona - e na sua selecção. É a chave do jogo dos comandados de Vicente del Bosque e foi fulcral na caminhada de La Roja para o próximo Mundial.
10 - Num prémio criado para eleger o melhor de um ano, o vencedor devia resultar no jogador mais decisivo durante esse periodo de tempo. Ao contrário de Cristiano Ronaldo - apagado no ínicio do ano e lesionado grande parte do final de 2009 - e Lionel Messi, que vive esta época uma clara baixa de forma do que se pode constatar na época passada, o número 6 do Barcelona manteve o mesmo ritmo de jogo durante todo o ano, tendo sido decisivo nas diferentes provas em que participou ao serviço do Barcelona. Desde o último desafio contra ao Inter às eliminatórias da passada edição da Champions League, sem esquecer a histórica vitória do Barcelona no Santiago Bernabeu por 2-6.