Domingo, 1 de Julho de 2012

Não podia ser mais irónico que o titulo mais criticado e aborrecido da história do futebol espanhol tenha chegado na noite em que La Roja marcou mais golos num jogo a eliminar em quatro anos. A Itália apareceu organizada mas não soube reagir aos golos espanhóis e caiu vitima da sua própria virtude. Espanha torna-se na primeira selecção a juntar, de forma consecutiva, dois ceptros europeus e um mundial e iguala a Alemanha como a selecção com mais Euros nas vitrines. O consagrar de um ciclo que mudou o rosto do futebol.

 

Prandelli não queria acreditar. 

Cinco minutos antes, Thiago Motta tinha sido a sua última opção. Chielinni tinha-se lesionado no inicio do jogo. Di Natale entrou para o lugar do destroçado Cassano ao intervalo. E agora Motta. Motta, o homem que tinha entrado há cinco minutos não se mexia. Ia a caminho do balneário, cabeça baixa. Com apenas dez jogadores era impossível lograr o que onze não tinham sido capazes. A final do Europeu terminou aí.

Antes tinham chegado os golos, as ocasiões, as intervenções de Casillas, um penalty que Proença não viu e a consagração definitiva (a última?) desta geração espanhola. A selecção de Xavi e companhia começou mal o jogo mas encontrou-se com um golo contra a corrente do jogo e a partir daí sentiu-se cómoda, como sempre, sabendo que a sua fortaleza está no eixo defensivo. Ironicamente, ou talvez não, foi um dos defesas, o mais explosivo, Jordi Alba, quem subiu pelo flanco para relembrar o seu passado de extremo e assim marcar o segundo golo. Ainda não tinhamos chegado aos 40 minutos. Nunca ninguém tinha recuperado numa final de um Euro de uma desvantagem de dois golos e Itália, de todas as selecções, era a mais improvável para operar essa reviravolta. Com Balotelli desactivado, Cassano desaparecido e Pirlo bem guardado, o jogo estava decidido. Espanha não jogou propriamente bem, manteve o seu habitual futebol de crochet horizontal, passe atrás de passe, procurando surpreender a defesa italiana com um que outro passe largo a rasgar. Mas não estava a funcionar. Os italianos tinham a bola e iam tentando furar a muralha defensiva espanhola. Mas foi Espanha quem marcou. Posse de bola larga, sonolenta, passe a rasgar a Fabregas que centra no último segundo, o suficiente para Silva meter a cabeça e encontrar a baliza vazia. 1-0. 

 

Depois começou o jogo preferido dos espanhóis. Guardar a bola e defender com ela com comidade.

Itália, a única selecção em todo o torneio que marcou a Casillas, lançou-se para o ataque com uma honestidade tremenda mas o guarda-redes espanhol defendeu cada disparo, desviou cada centro e mostrou-se, uma vez mais, infalível. Pirlo tinha a bola mas não tinha o espaço e numa perda do meio-campo italiano, Xavi esperou até ver Jordi Alba passar como uma flecha pelo seu lado e isolar-se diante Buffon. 2-0.

A segunda parte foi ainda mais à espanhola, adormecida no seu jogo de troques rápidos. Sem um jogador no miolo, os italianos foram-se abaixo, fisica e psicologicamente e o jogo acabou. Espanha ficou com a bola, os italianos desistiram de a roubar e limitaram-se a defender-se de uma derrota demasiada dolorosa, demasiado injusta para uma selecção que fez um Europeu impecável. Não foi suficiente. Xavi apareceu outra vez, pela primeira vez no torneio, e Torres fechou o debate do nove com o seu segundo golo em duas finais consecutivas, algo que nunca um jogador tinha logrado. Minutos depois a conexão Chelsea, Torres-Mata, dá a Espanha a maior vitória de sempre numa final da história. Ironia das ironais, a ditadura futebolistica espanhola, terminou o torneio com uma goleada inesquecível.

O futebol espanhol conquistou o seu terceiro titulo internacional consecutivo. No meio deste ciclo só a eliminação diante dos Estados Unidos na Taça das Confederações impede aos espanhóis reclamar um pleno absoluto. Se o Euro 2008 foi o da surpresa, da afirmação de um estilo, e se o Mundial 2010 uma vitória da sorte dos últimos momentos e da labor colectiva do meio-campo, o triunfo neste Campeonato da Europa foi, sobretudo, o de um estilo que se metamorfoseou a ponto de deixar de ser reconhecidamente um modelo ofensivo - como explorou o Barcelona nestes quatro anos - para ser um planteamento cada vez mais defensivo, cuidadoso e cínico. Com a bola os espanhóis fazem o que querem e decidiram que queriam defender com ela em vez de atacar com ela. Os golos, para os espanhóis, tornaram-se numa consequência da boa defesa e não do melhor ataque. Uma revolução na mentalidade do jogo, uma revolução que precisa, urgentemente, de uma contra-revolução.

Num Europeu sem surpresas, sem novas formas de contrariar este esquema, num torneio onde as grandes selecções tentaram, quase sempre, jogar em negação, a vitória de Espanha é lógica e consequente com uma realidade táctica que parece evidente no universo futebolistico. Uma realidade de estagnação que espera por um novo estilo, um novo sistema, uma nova forma de pensar o jogo para desafiar os campeões invictos e reinantes. O próximo Mundial do Brasil será o desafio definitivo. 


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publicado por Miguel Lourenço Pereira às 21:09 | link do post | comentar

141 comentários:
De teixeira a 1 de Julho de 2012 às 22:52
parabéns pelo escrito. poucas vezes, para quem gosta de futebol, uma análise concreta e objectiva : a Espanha domina o futebol mundial com um estilo próprio, oriundo do Barcelona . ora, com a agregação e participação de outros jogadores nacionais, de grande qualidade, dos demais clubes, sem nenhum naturalizado, só podia resultar numa selecção que, no momento, não tem competidores. o resto, é paixão nacionalista ou clubística cega e intolerante. vamos nos render ao belo futebol espanhol de 2008 a 2012. o futuro dirá se será descoberto algum antídoto a essa máquina de jogar.


De Miguel Lourenço Pereira a 1 de Julho de 2012 às 23:07
Teixeira,

Obrigado pelas palavras.

Digamos que há importantes diferenças entre os dois modelos, o problema da falta de competidores é encontrar um modelo alternativo.

Quando às intolerâncias, bem, qualquer modelo está sujeito a critica e não acredito que existam modelos de jogo eternos. Todos eles, mais tarde ou mais cedo, foram suplantados por algo novo.

um abraço


De Mario Gouveia a 1 de Julho de 2012 às 23:00
usas um arrazoado . ainda por cima impreciso. não foi o Iniesta que lançou o Jordi para o 2 º mas sim o maestro Xavi, e só esse facto demonstra que nunca gostaste de futebol. mas salvas-te porque tentas escrever bem. mas dizia eu. escreves um arrazoado para não admitires uma coisa evidente. esta espanha, mesmo em sub rendimento. alicerçada no Barça ou Vice Versa, jã não sei se o principio foi o ovo ou a galinha, redimensionaram o futebol. jogam da mesma maneira contra qualquer adversário, perdem e ganham mas são únicos. um deleite para os olhos de quem gosta do pontapé na bola !, mas são pormenores de gourmet que infelizmente não captas. talvez ainda lá chegues.de qualquer modo foi bom ler-te!! abraço


De Miguel Lourenço Pereira a 1 de Julho de 2012 às 23:11
Mario,

Eu não tenho porque salvar-me ou deixar de salvar-me e não sei quem é você para decidir do que gosto ou deixo de gostar. Sempre desconfio de aqueles que, quando gostam de um prato, por muito bom ou mau que seja, não admitem que outros digam que não o acham tão saboroso e os acusem de ignorantes por fazê-lo.

No fundo isso diz sempre mais de quem come e fica agarrado à sua noção de certo e errado do que propriamente a quem se afasta da árvores para ver a floresta um exercicio que é, eu sei, bastante mais complexo.

Quanto ao Barcelona e Espanha, é dificil não ver quem foi o ovo ou a galinha. O modelo de Aragonés começa a gestar-se em 2006, o Barcelona de Guardiola, com este modelo, apenas nasce em 2008. É só fazer as contas. Naturalmente que o modelo blaugrana traz muitas diferenças em relação ao modelo espanhol, mas como o fácil é criar associações mediáticas, o mito acaba sempre por superar a lenda.

cumprimentos


De Tiago Ferreira a 1 de Julho de 2012 às 23:40
Miguel:

Gostei muito da tua resposta a este comentário - infelizmente - extremamente ofensivo. É triste quando se vêem adeptos incapazes de aceitar que (felizmente) o futebol não é imutável, e que existem mil e uma maneiras de o jogar, sendo que todas elas, independentemente dos resultados que produzem, poderão ser válidas.

Não acredito em revoluções no futebol (nem na vida em geral, por acaso) - acredito em ciclos, em reinvenções, e em inovações. Cada um destes tem os seus períodos, que invariavelmente terminam devido a vários factores - fim de ciclo, fim de geração, descoberta de novos modelos que quebram com o anterior, contextos diferentes, etc...

Parabéns pelo blog - foi o teu irmão Ricardo (grande amigo meu) que mo recomendou, e sigo-o religiosamente há cerca de um ano (embora, felizmente, não concorde com tudo o que escreves).

Um abraço e continuação de bom trabalho!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 01:52
@Tiago,

Obrigado pelas palavras, pelas visitas e por discordares de muito do que escrevo, é bom sinal.

O unanimismo intelectual, que alguns tentam proclamar, não faz bem ao mundo. Torna-o previsivel, aborrecido e retira o prazer à vida. Entendo perfeitamente que existam milhões de pessoas que adorem o estilo de jogo desta Espanha, como havia milhões que adoravam o estilo de jogo da Itália em 2006, o da Grécia em 2004, o da Dinamarca em 1992, etc.., etc..

Não há uma forma correcta de viver, de comer, de ler, de escrever, de cantar, de dançar, vai haver de jogar futebol?

Este é um estilo, tão válido (e neste caso, muito bem sucedido) como qualquer outro e tarde ou cedo chegará outro porque sempre foi assim. Estes ciclos são raros, mas existem. O Uruguai nos anos 20 e 30, o Brasil dos anos 90, a Alemanha dos anos 70, o Brasil dos anos 60, foram ciclos mais ou menos similares e em periodos onde se misturavam distintas visões futebolisticas. Esta Espanha vai, por mérito próprio, para essa lista, mas quem pensam que vão ganhar sine die jogando sempre assim estão muito, mas muito enganado.

um abraço


De Joaquim Gil a 2 de Julho de 2012 às 18:15
Penso que para além do estilo de jogo, aquele certeza de passe na troca de bola, é fruto de muito trabalho, sendo que, com aquela aparente moleza, saem picos de ataque que são fuziladores e só quem lhe resistiu, foi a selecção nacional, graças a um esforço sobre-humano de ajuda que o meio campo fez na defesa, não fossem os falhanços lamentáveis de Ronaldo, e hoje poderíamos afirmar sem receio, as duas melhores selecções, Portugal e Espanha!!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 18:48
Joaquim,

Claro que é, um trabalho que tem décadas em cima e esse é o maior mérito do projecto espanhol. Não começou com o tiki-taka, começou há muitos anos quando o país entendeu que o desporto e o turismo eram as suas melhores armas no universo económico e social globalizado e apostaram tudo nesses dois campos onde hoje são referência mundial.

Portugal não foi melhor selecção que a Itália durante o torneio, mas foi a selecção que melhor soube entender o jogo espanhol, isso sem dúvida.

um abraço


De Joaquim Gil a 2 de Julho de 2012 às 19:40
Caro Miguel, alguém disse, e eu concordo, que se Portugal eliminasse a Espanha e tivesse como adversário na final a Itália, tinha fortes possibilidades de ser campeã, se fizermos uma retrospectiva de todos os jogos, podemos chegar à conclusão que, para além dos falhanços dos nossos principais "artistas", o jogo Portugal/Alemanha, não foi muito diferente do Portugal/Holanda, com a diferença da Alemanha ter marcado muito tarde, com pouco tempo para a reacção, a nosso selecção começou os dois jogos com medo do adversário e só o golo sofrido, a fez reagir, como a Holanda meteu mais cedo, tiveram mais tempo para dar a volta, isto foi o que eu vi, haverá outras versões. Um abraço!!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 20:28
Joaquim,

Cada jogo é um jogo e se tivesse-mos jogado contra a Itália seguramente que haveria problemas tácticos e dilemas diferentes para resolver. Sufocar Pirlo seria uma tarefa complexa mas talvez o pior de tudo seria defrontar uma equipa, que ao contrário da Espanha, R. Checa e da Holanda, não tinha o mais minimo problema em rematar à primeira ocasião e com isso forçar a linha defensiva a recuar metros, deixando espaços no meio-campo para explorar o seu jogo, especialmente com Marchisio que iria ocupar o espaço onde Ronaldo nunca se move.

um abraço


De Joaquim Gil a 2 de Julho de 2012 às 21:11
Sem dúvida que cada jogo é um jogo, e o resultado, só depois do apito final, mas se atendermos aos jogos que fizeram estas 3 equipas e principalmente ao tipo de jogadores que têm, penso que mais facilmente ganharíamos à Itália do que à Espanha, não menosprezando o valor dos italianos, nomeadamente, Pirlo, Donatele e Di Natal, mas a defesa e o meio campo da nossa selecção, esteve sempre melhor que os italianos!!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 21:24
Joaquim,

Mais uma vez repito-me. Jogos diferentes provocam posturas e a reacções diferentes. Com Portugal talvez a Itália voltasse a explorar o jogo lateral com o 3-5-2 anulando a fonte de abastecimento dos extremos e dando liberdade a Pirlo no meio.

Quem sabe?


De Joaquim Gil a 2 de Julho de 2012 às 21:38
Caro Miguel, espero que não entenda isto como uma teimosia, para mim não passa de amena cavaqueira entre duas pessoas, como se estivessem à mesa do café, apenas sem a bica para tomar!!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 22:33
Joaquim,

Mas se é destas "teimosias" que se fazem os mais deliciosos debates futebolísticos ;-)

um abraço


De Luis a 3 de Julho de 2012 às 00:28
Al hablar de economía estratégica, parece, desde luego, un comentario demasiado superficial, de salón, decir que España apostó "todo" en deportes y turismo, conscientes de que eran sus mejores armas, etc., etc., pero en fin...

Creo que alguna apuesta más, bastante fuerte, ha habido por ahí...


De Miguel Lourenço Pereira a 3 de Julho de 2012 às 00:34
Luis,

Y seguro lo és, pero en esas dos areas en concreto la apuesta les ha salido redonda y fue resultado de una politica muy concreta. Lo que se hizo despues del Barcelona 92 es de "chapeu" a todos los niveles.

Y el turismo español sigue siendo una referencia mundial. Esta claro que España tiene mucho mas para ofrecer y ha sabido manejar bien otras realidades, pero esos dos exitos son indiscutibles!


De Luis a 3 de Julho de 2012 às 01:20
El matiz añadido lo deja perfecto, gracias.

Por otra parte, y para variar, voy a ponerme un poco futbolero, es decir, sin reprimir cierta apasionada subjetividad. Tengo que admitir que, cuando se le hacen ciertos reconocimientos a Aragonés, tengo hasta reacciones cutáneas... El sujeto es de lo más vulgar, zafio y encima -se permite ser- soberbio, que he visto en mi vida. Pero además es de tal necedad, que se permite dar a Del Bosque recomendaciones. A Del Bosque, que es el único entrenador del mundo que tiene dos Eurocopas, un Mundial y una Champions!

Como erudito de este asunto que eres, sabrás que lo llaman "el sabio de Hortaleza", cuando es mucho más propio "el zafio de Hortaleza", el muy sumamente maleducado...!

Para mí su mayor "mérito" consistió en incorporar a Torres a expensas de Raúl (que incluso a su edad ha estado estupendo en la Bundesliga este año). Raúl tenía genio, y Torres tiene...cara de modelito de El Corte Inglés, velocidad (poco compatible con el estilo español, salvo afortunadas excepciones!)...y mucho, muchísimo fallo, incapaz de sutilezas y de regate corto. Ironías de la vida, Balón de Oro de esta Eurocopa, ya no nos lo quitamos ni con lejía...

Menos mal que dices que el nombre "tiqui-taca" es de aquel famoso presentador calvo, ya fallecido, y que la técnica es anterior, de un inglés (?) cuyo nombre mi memoria de viejo (y sólo tengo 38, qué triste...) me impide ya recordar...

Por cierto, y Llorente, ni un minuto de juego! Qué te parece esto? (Desde el punto de vista técnico, claro, que el resultado poco se puede mejorar ;) )


De Miguel Lourenço Pereira a 3 de Julho de 2012 às 01:27
Luis,

O caso de Llorente tem seguramente uma razão fisica (o desgaste final dos jogadores do Bilbao, depois do desgaste imposto por Bielsa, era evidente em Abril e Maio, mas também sofre da aplicação definitiva do 4-6-0 por Del Bosque que tem em Negredo o seu avançado favorito dos três que chamou.

Quanto ao "sabio" de Hortaleza, basta dizer com que já tinha contrato assinado antes do Euro 2008 para deixar em evidência que nem ele acreditava no sucesso desta geração. O esquema táctico é seu sem dúvida - e no entanto se Albelda tivesse jogado pelo Valência nesse ano teria sido titular - mas não é de longe um dos maiores técnicos da história. O "tiki taka" no fundo é a espanholização do futebol centro-europeu, com o respectivo sucesso.

E Del Bosque tem 2 Champions, 1 Europeu e 1 Mundial, não dois Europeus ;-) mesmo assim é o mais titulado dos técnicos e acredito que nos próximos 20 anos, como minimo, o seu recorde irá manter-se.

Um abraço


De Luis a 3 de Julho de 2012 às 01:44
De acuerdo, Aragonés no creía en ellos, y además yo creo que era mucho más rácano que la selección de Del Bosque, quiero decir, más mezquino, más de buscar el 1-0... Creo que la actual Selección ya se va curando, pero sí es cierto que le falta algo de verticalidad.

Por cierto que, por supuesto, nunca me he creído los "act" de Guardiola ;), más falso que un Judas de plástico...pero me parece que Mou se pasa tres pueblos la mayoría de las veces...

Y qué me dices de lo de Raúl? En estas cosas, debo admitir, soy menos técnico. Es que lo mío es más la Filosofía, el cine, la música...(excusas a lo Mou...)

Abz


De Miguel Lourenço Pereira a 3 de Julho de 2012 às 01:57
Luis,

Sobre Raúl há por aí nos arquivos um texto perdido em que falo sobre ele. Um dianteiro único e uma personalidade dificil que sobreviveu ao mandato de Florentino Perez com a cabeça de pé e acabou excluido desta geração precisamente porque o viam como o simbolo da outra Espanha, que nada ganhava, mesmo quando individualmente apresenta melhores números que Negredo, Torres e Llorente juntos.

Um abraço


De Luis a 3 de Julho de 2012 às 02:09
Interesante, nunca pensé que tuviera mal carácter, más bien aparentaba lo contrario... Desde luego, los hubo mucho más indóciles en el Madrid...

Lo que sí es cierto es que Aragonés es un miope, porque aunque la Selección no ganaba nada, con el Real Madrid Raúl ganó muchas cosas... Mala interpretación del símbolo, sin duda!

Abrazo y gracias


De Miguel Lourenço Pereira a 3 de Julho de 2012 às 02:12
Luis,

Não digo que tivesse mau caracter, todo o contrário, era um jogador altamente profissional que não suportava determinados comportamentos consentidos a alguns jogadores e isso sempre o manteve em confronto com a directiva do Real Madrid e da selecção.

Poucos jogadores têm tantos inimigos dentro do esquema federativo e merengue que Raúl Blanco.

um abraço


De Luis a 3 de Julho de 2012 às 01:52
Por cierto, gracias por la corrección del lapsus, en efecto, una Euro!


De Mário a 1 de Julho de 2012 às 23:48
Depois de ver esta final, fico claramente convencido que tinhamos selecção para ir à final e quiçá ganhá-la.
Fomos os únicos que conseguimos ombrear com a Espanha quase de igual para igual. Tivessemos nós passado a Espanha nas grandes penalidades e tinhamos limpo a Itália na final.


De teixeira a 2 de Julho de 2012 às 00:43
pensei que não me manifestaria mais, depois do comentário inicial. porem, considerar que Portugal poderia ter ganho o Euro é nacionalismo barroco, permita-me. trata-se a meu ver de um seleccionado de um de um só grande jogador, CR7 . não é exactamente o conjunto que a Espanha exibe. só venceria por um milagre de Fátima, incomum nesses tempos não salazaristas.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 01:56
Teixeira,

Podia ter ocorrido esse milagre. É verdade que Portugal não joga o mesmo tipo de futebol que Espanha e não tem as mesmas armas que Espanha teria, mas num combate solitário o equilibrio foi total e absoluto.

No prolongamento Espanha mereceu ganhar mas Portugal dominou a maior parte dos 90 minutos. Se fosse uma série de 3 ou 4 jogos, talvez perdesse todos, mas como sucedeu com o Chelsea e com o Inter, nem sempre ter mais opções ou ser tecnicamente superior garante uma vitória em jogos a eliminar.

um abraço


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 01:54
Mário,

Só houve um problema: rematar à baliza. Portugal controlou bem todo o processo defensivo, com mais ou menos apuro, mas não soube ser eficaz frente à baliza. Tivesse logrado isso e nem era necessário ir aos penaltys.

Dito isso, foi sem dúvida a única equipa que esteve à altura, fisica e psicológica, desta Espanha. E esse mérito é tremendo e não pode ser esquecido.

um abraço


De teixeira a 2 de Julho de 2012 às 02:00
"esse mérito é tremendo e não pode ser esquecido". mas, será. a história do futebol - em raras ocasiões - fala dos perdedores. Hungria , em 54, Brasil, em 82, Holanda, em 78, são exemplos. Todavia, eram selecções que estavam muito acima ao mediano Portugal 2012.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 02:07
Teixeira,

Não é importante que a história do futebol se lembre. É importante que se lembrem quem estão por detrás do projecto, quem tem a responsabilidade de gerir o futuro do futebol português.

Aragonés, o homem que começou esta Espanha, disse sempre que a sua equipa se formou no dia da derrota contra a França em 2006, o dia em que aprenderam a competir. Foi uma derrota doce, a última em jogos a eliminar.

As derrotas podem não ficar para a história, mas lembrar-se deles ajuda muitas vezes a facilitar as vitórias do futuro!

um abraço


De teixeira a 2 de Julho de 2012 às 02:50
sem bajular, muito boa resposta. Apenas, a partir da realidade das ligas internas, repletas de jogadores importados, com uma população pequena, Portugal terá muita dificuldade de se estruturar para competir com Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália, só para citar. Veja a controvérsia dos naturalizados. Claro que pode surgir uma nova geração R.Costa , L.Figo , Pauleta e o meu pessimismo ser trocado pela vitória. Portugal não chegou mais longe por falta de jogadores de mais qualidade neste Euro. Talvez mais um ou dois, especialmente na armação das jogadas. Dizem que futebol não tem lógica. A Grécia campeã prova isto. Todavia, na maioria das vezes prevalece a vitória do melhor. Como ontem!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 12:26
Teixeira,

Ser mais pequeno não significa ser menos eficaz. Portugal pode não ter o mesmo potencial de captação e de poder de mercado para competir com o top 6 europeu, mas pode perfeitamente trabalhar para ter uma formação em condições, uma liga limpa e eficaz e uma nova mentalidade nos jovens jogadores do futuro.

um abraço


De teixeira a 2 de Julho de 2012 às 15:36
aos crédulos parece estar reservado o reino dos céus. aos cartesianos , só nos sobra ler, pensar, reflectir etc. Diga-me um pequeno, não vale o Uruguai de 30, quando a copa do mundo era uma acção entre poucos, que tenha vencido nos últimos anos.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 15:42
Teixeira,

Sou tudo menos crédulo e posso não ser muitas coisas mas conheço poucos que sejam mais estudiosos do jogo do que eu. Eu nunca disse que Portugal podia vencer o Mundial - a nível do Europeu tem os exemplos da Grécia e Dinamarca bem recentes, mais a final da República Checa em 1996 - apenas disse que é preciso muito mais para crescer como potência futebolistica.

Num país onde não há sequer uma casa da selecção, um campo de treinos próprios, uma politica de formação definida e uma liga bem organizada, é impossível fazer-se mais do que se tem feito.


De filipe a 2 de Julho de 2012 às 13:13
uau o convencimento deste Teixeirinha..... dá vómitos


De teixeira a 2 de Julho de 2012 às 14:40
sugiro uma ida a farmácia para comprares um gaviscon para teus vómitos na ida, ou na volta, uma boa livraria, Bertrand, por exemplo, e compre uns livros para um pouco mais de estudo a respeito de futebol no mundo. não sou prepotente assumido, porém tenho pouca paciência.


De Anónimo a 2 de Julho de 2012 às 00:44
esta maneira extraordinaria de jogar da Espanha ( influenciada por barcelona) não tem só lugar no futebol. também no hoquei desenvolveram um modelo que há varios anos tentamos desmontar sem sucesso. rendo-me às evidencias mas não desistiremos. temos que estudar mais o fenomeno tactico-emocional deles com metodologia.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 01:58
Anónimo,

Desde 1992 que os espanhóis investiram muito, mas muito no desporto. E estão esta década a colher os frutos de outra década de trabalho. Tem a ver com infra-estruturas, tem a ver com mentalidade, treino táctico e com um sentido quase inato de superação pessoal. É uma geração espantosa, a dos Nadal, Gasol, Xavi, Contador e companhia que exibe o mesmo traço de personalidade, atitude e talento ao vencer, o que claramente deixa em evidência que não se tratam de fenómenos individuais.

É muito parecido ao que logrou o desporto alemão ou americano a partir dos anos 70, sem dúvida.

um abraço


De Miguel Valverde a 2 de Julho de 2012 às 11:22
Magnífico comentario, sincero y sin complejos.
Con portugueses como usted Portugal seguirá en frente...
Lastima haber aún tantos que no salen de 1.500 o de la ignorancia.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 12:27
Miguel,

Gracias, Portugal tiene potencial, no tanto como España, pero tiene potencial para hacer las cosas mejor. España esta de enhorabuena porque cogio el toro por los cuernos y cambio su historia.

un abrazo


De Miguel a 2 de Julho de 2012 às 15:48
Portugal hizo un marnífico partido, sin dudarlo que gué el equipo que más me hizo sufrir y dudar de que pasásemos o no a la siguiente etapa.
Suerte para Portugal, un país que me encanta y al que quiero, como la mayoría de los españoles queremos.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 16:25
Miguel,

el sentimiento es compartido ;-)

un abrazo


De nati a 2 de Julho de 2012 às 02:17
Dizer que Portugal limpava a Itália não é algo que seja fácil de explanar, porque um curto exercício de memòria mostra-nos que eles, os italianos, vulgarizaram os alemães com golos e nós somente em oportunidades de golo.
Seja como for, Portugal sai com brio deste Euro, sobretudo olhando para as meias finais, onde mesmo afastando a nossa parcialidade vemos uns alemães e italianos a caírem sem espinhas e uma selecção portuguesa que caiu firme e rija na "lotaria" dos penaltis.

Quanto à Espanha, começou a vencer esta final após a cobrança do Fabregas. Não morreu na praia e hoje não precisou de bater à porta da sorte , mostrou com classe que é a melhor selecção da actualidade, mesmo que isso seja aborrecido para os adversários, e dificilmente não poderia ser assim


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 02:20
Nati,

Cada jogo imaginário que os adeptos jogam tem mil e uma soluções diferentes porque nunca conhecemos a realidade. Se amanhã repetem esta final provavelmente o resultado é diferente, e não se esqueçam que a Itália jogou meia hora a perder 2-0 e com 10 homens contra uma equipa que faz da superioridade uma arma.

A campanha de Portugal, para a selecção que chegou ao torneio, é espantosa, ao contrário da Alemanha de quem se esperava muito mais. Os italianos superaram-se a si mesmos e são os vencedores morais do torneio e a Espanha realizou na final o jogo que não fez durante o torneio, mas convém lembrar como chegou até lá para que os foguetes da vitória não apaguem a realidade de forma tão crua.

um abraço


De yty a 2 de Julho de 2012 às 09:54
Continua com muito azar meu caro, apesar do seu ódio visceral ao tiki-taka e futebol espanhol (que vai tentando disfarçar mas acaba sempre por transparecer), o tiki-taka continua a provar ser o melhor futebol de sempre. Nunca um estilo ganhou tanto, nunca um estilo dominou tanto o adversário.
O tiki-taka veio para ficar e se por acaso o Guardiola se lembra de ir para a selecção então aí a Espanha ficará ainda mais competente e dominadora.
E você continuará a ver penaltis onde eles não existem e a cair no ridículo de dizer que foi o Aragonés que iniciou o modelo. Também se calhar diz que em 2004 o modelo era do Scolari.
Citando um grande ídolo que não era espanhol "que la chupen e la sigan chupando"


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 12:29
Yty,

Eu não disfarço absolutamente nada nem odeio absolutamente ninguém. Passar a vida a disfarçar e a odiar é uma perda de tempo. Passar a vida a acreditar em verdades absolutas e divinas também.

O futebol da selecção espanhola é o mais eficaz das últimas décadas, o melhor nos processos defensivos e um dos mais simples nos processos ofensivos.

O que acho é curioso que mesmo os defensores mais acérrimos, que têm todo o direito em sê-lo, não fazem a mínima ideia de quem é o pai da criatura. É pena, pior do que a mania das grandezas só mesmo a tremenda ignorância.


De yty a 2 de Julho de 2012 às 12:44
Por favor, afirme aqui por escrito que o pai do tiki-taka é o Aragonés.
Quero-me rir mais um pouco!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 15:03
Yty,

O padre do "tiki-taka" chama-se Andrés Montes, jornalista do canal La Sexta, já falecido. A expressão é dele e a primeira vez que foi utilizada foi, precisamente, para descrever o estilo de jogo da Espanha de Luis Aragonés em 2008.

Dito isso, digo e volto a dizer o que milhares de jornalistas, estudiosos, analíticos, técnicos e jogadores já disseram. O estilo desta selecção espanhola é o estilo de Luis Aragonés, o homem que já em 2006 tinha criado um modelo de jogo que começava a semelhar-se ao actual e que em 2008 com o seu 4-5-1, com Senna como único médio defensivo (como Busquets mais tarde no Barcelona) e uma equipa coral de quatro médios e um avançado móvel, venceu o primeiro troféu utilizando este estilo.

O Barcelona de Rijkaard, que era o técnico à época, jogava um futebol bem distinto e quando chegou Guardiola já La Roja era a referência mundial.

Quando tiver assimilado essa informação, respire fundo, olhe para o espelho e ria-se de si mesmo. Só lhe vai fazer bem!


De yty a 2 de Julho de 2012 às 15:18
Senna único médio defensivo? O Alonso jogava a ponta de lança.

4-5-1? Raúl e Villa deviam ser defesas centrais.

Tiki-taka? não me faça rir!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 15:26
Yty,

Se não tem memória suficiente para lembrar-se do Euro 2008, a internet pode ser de útil ajuda.

Raúl não foi ao Europeu e em 2006 - se é desse torneio que está a falar - começou no banco de suplentes. A linha ofensiva já era então Villa-Torres.

Em 2008 Senna foi o único médio defensivo, o Xabi Alonso nem sequer jogou a titular. A linha era composta sempre por Senna, Xavi, Iniesta, Silva e Fabregas/Villa, com Torres como ponta-de-lança móvel.

Não é assim tão difícil confirmar dados antes de morrer a rir por culpa própria!


De yty a 2 de Julho de 2012 às 16:20
Mas que Euro2008? Aragonés não esteve no Mundial 2006?

Ou Aragonés alterou de um momento para o outro a forma de jogar? terá sido isso?

às tantas quem alterou a forma de jogar foram uns certos jogadores duma certa equipa, que por sua vez obrigaram Aragonés a jogar com eles a titulares e a começar o mito!

Porque se quer vir com a história de que o tiki-taka já existia de alguma forma, eu concordo, mas existia e foi implementado por Johan Cruyff no Barcelona. Aragonés nunca inventou nada, limitou-se a aproveitar o que os jogadores do Barcelona lhe trouxeram.

Aliás veja o que dizem da Espanha em 2008: "None of Spain's first six goals in the tournament came from tiki-taka: five came from direct breaks and one from a set play"
Ou o tiki-taka baseia-se em transições rápidas e eu não sabia?


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 16:32
Yty,

Sinceramente tenho tanta pena de si que não sei já como explicar-lhe porque acredito que deva ser bastante complexo entender conceitos tão repetidos até à exaustão.

Aragonés pegou na selecção em 2004 e começou a moldar a selecção em 2006, uma metamorfose muito similar à da Alemanha de Low, que em 2008 era bastante diferente da de 2010 ou de agora. Imagino que seja dificil entender que os processos de jogo e os esquemas possam evoluir no mandato de uma mesma pessoa, até porque quem estudou o Liverpool de Shankly sabe que ele jogou de uma forma nos anos 60 e outra nos 70, mas pronto, isso já é pedir demasiado.

E quanto ao Euro 2008, faço memória, outra vez, e lembro-me de ver apenas dois jogadores de um Barcelona que vinha de jogar a sua pior época em 6 anos (foram quartos). Xavi e Iniesta eram parte de um esquema numa equipa que tinha 2 jogadores do Valencia, 1 do Liverpool 1 do Villareal. Só havia um terceiro jogador blaugrana na convocatória, Puyol, mas esse era central e não entra nestes esquemas.

Quanto a Cruyff e o Barcelona, enfim, é a prova viva de que o mito ultrapassa a realidade. O modelo de jogo centro-europeu chegou com Michels, não com Cruyff, e o modelo da cantera foi desenhado por um asturiano chamado Laureano Ruiz. Quando Cruyff chegou, em 1988, já estavam os dois conceitos bem implementados no clube, ele colheu os frutos depois de passar 4 anos sem vencer um só titulo, também é preciso dizê-lo. Se for preciso, eu rectifico e digo desde já que a culpa do tiki-taka é do Jimmy Hogan. Não sabe quem é? Por favor, não me faça rir.

PS: O golo do Jordi Alba na final, o do Xabi Alonso contra a França, o do Puyol à Alemanha em 2010, o de Villa ao Chile, Honduras Portugal são exemplos claros do tiki-taka, de isso não há a menor dúvida. lol!


De teixeira a 2 de Julho de 2012 às 16:54
embora o blog não seja de atletismo, assinalo o formidável "sprint" do espanhol Alba; foi de fazer inveja ao Bolt. Uma maravilha a infiltração, seguida de uma finalização perfeita. Uma obra de beleza de futebol de poucos toques.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 17:02
Teixeira,

Precisamente a verticalidade que tantas vezes faltou. Um lance notável com uma finalização tremenda de um jogador que relembra como o conceito de lateral ofensivo, dos anos 50, está mais vivo do que nunca.

cumprimentos


De Anónimo a 2 de Julho de 2012 às 16:54
"Esse era central e não entra nestes esquemas"

Quem diz isto realmente não dá para mais.
Você pode ter estudado o Liverpool de Shankly e o Arrifanense do Quim Zé, agora por mais que estude continua a não perceber nada de futebol. Eu se fosse a si dedicava-me a outra coisa para a qual tivesse mais jeito. Tantas horas desperdiçadas e tanta idiotice dita!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 17:01
Anónimo,

Tem bom remédio, há milhares de blogs por aí, boa viagem.

PS: Criar vários nicks para defender a mesma ideia de um mesmo individuo é algo realmente inteligente. Há quem nunca passe do jardim de infância!


De yty a 2 de Julho de 2012 às 17:25
Calma, enganei-me num botão simplesmente e não postei como yty.
Não preciso de usar mais do que um nick para provar como é idiota a sua argumentação. Aliás nem precisava de usar nick nenhum, os seus disparates falam por si


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 17:27
Yty,

Como diz um bom amigo meu do outro lado do Atlântico quando está farto de ouvir disparate atrás de disparate: "cansei"!

Seja bem vindo ao Em Jogo, desfrute muito da estadia e volte quando quiser!


De cicero a 2 de Julho de 2012 às 10:59
A Espanha ganhou bem.
Foi a melhor equipa.
A Itália soube manietar os teutões , comandados do banco por um metrosexual sem imaginação, mas não chegaram para esta Espanha.
A Itália foi um bluff.
Portugal podia muito bem ganhar a esta Itália .Preferiu abdicar de 30 minutos de prolongamento , e pôr o Custódio .( mais 2 dias de descanso para quê ? , perder nos penalitys ? )

É bom que ora inventem uma forma de anular o jogo espanhol .Mas tá difícil.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 12:30
Cicero,

A Espanha ganhou muitissimo bem, soube jogar bem quando tinha de jogar bem, soube jogar mal quando ainda podia jogar mal, soube aguentar atrás como ninguém e chegar à frente e marcar como poucos. Isso não está em discussão.

Ninguém vai inventar um estilo de jogo para anular o espanhol, isso é mito. O que vão inventar é algo diferente, que o espanhol terá dificuldades em anular, que é distinto.

um abraço


De yty a 2 de Julho de 2012 às 12:46
"soube jogar mal"
Isto é qualquer coisa de fabuloso! Saber jogar mal, que conceito incrível. Aposto que eles perdem meia horinha em todos os treinos a treinar para falhar passes e perder bolas, aprender a jogar mal.
Que comédia!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 15:05
Yty,

Como em tudo na vida, até para jogar mal bem é preciso saber como fazê-lo. Jogar mal é um termo tão subjectivo. Há quem diga que o kick and rush é jogar mal e os jogadores ingleses levam décadas a treinar todos os dias para isso.



De António Soares a 2 de Julho de 2012 às 11:25
Espanha jogou à defesa e marcou quatro golos?

Não me f....


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 12:31
António,

Espanha é a melhor selecção do mundo a defender porque o faz com a bola. Pode defender-se sem ter os 11 jogadores na área. Espanha nunca jogou a atacar declaradamente, jogou o seu jogo de contenção defensiva habitual mas hoje foi ligeiramente mais vertical e em dois lances matou o jogo. A goleada, que chega nos instantes finais e contra dez, não varia o que se viveu enquanto havia um jogo de 11 contra 11.

cumprimentos


De yty a 2 de Julho de 2012 às 12:48
Mais um conceito fabuloso, "Espanha é a melhor selecção do mundo a defender porque o faz com a bola"
Ou seja quando a Espanha não tem a bola é só acelerar um bocadinho porque eles sem bola não sabem defender. Eles por acaso não fazem a mínima ideia de como pressionar, de como efectuar uma cobertura defensiva, de como colocar a defesa posicionalmente perfeita, não. Eles defendem porque têm a bola.

Você é um génio!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 15:09
Yty,

Muito obrigado pelo elogio, mas não faz falta, pessoalmente só os elogios de gente que respeito é que me interessam.

É impressionante como alguém sem a menor capacidade de raciocínio perde tanto tempo a ler alguém que percebe tão pouco de futebol, isso sim é um conceito inexplicável.

O tédio é uma arma poderosa, já deu para perceber!


De yty a 2 de Julho de 2012 às 15:22
Da mesma forma que vejo os Simpsons ou o Family Guy pela comédia non sense, gosto de me vir rir a este blog de vez em quando.
Tem piada ler alguém que dedica tantas horas ao futebol mas que continua sem perceber patavina do que observa.
Como ouvi dizer por aí "Não é por eu almoçar e jantar todos os dias há 30 anos que percebo alguma coisa de culinária". Nada mais acertado neste caso.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 15:29
Yty,

Quem me dera a mim escrever tão bem como os humoristas por detrás dos Simpsons, mas se quer vir aqui rir-se, está à vontade.

O EJ é um blog público e portanto acessível a tudo e todos, e como por detrás de nomes e nicks falsos tudo pode ser dito, a verdade é que também tudo pode ser simplesmente ignorado.

Mas se quiser rir, recomendo-lhe um sitio bem mais próximo e familiar: o seu próprio espelho, vai ver que o surpreende!


De Paulo Antunes a 2 de Julho de 2012 às 12:07
FALAM DO EUROPEU ATÉ À EXAUSTÃO!!! VIVEM FUTEBOL, RESPIRAM FUTEBOL, CA... FUTEBOL!!!
DA ATLETA PORTUGUESA QUE GANHOU OS 10 MIL METRO E QUE SE TORNOU CAMPEÃ EUROPEIA NÃO FALAM VOCÊS!!!


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 12:32
Paulo,

Isto é um blog de, sobre e para futebol. Se Portugal tivesse inventado uma nova bomba atómica tão pouco iria falar disso. O que não significa que não esteja contente, mas para atletismo há excelentes blogs para seguir.

cumprimentos


De teixeira a 2 de Julho de 2012 às 12:40
Paulo Antunes dou-te parabéns!. Não consigo ver na TV uma prova de 10000 metros. Durmo, de tédio. Essa é a diferença para o futebol. Mas, viva a atleta.Seria perfeita a senhora, com todo o respeito, para fazer a ala direita da selecção. Iria para frente e para trás os 90 minutos sem maiores dificuldades. Paulo Bento, atenção!


De Anónimo a 2 de Julho de 2012 às 13:52
triste comentário, mas enfim....


De teixeira a 2 de Julho de 2012 às 15:55
não sei se o "triste comentário..." se refere ao meu. Se foi, peço desculpas a todos. Foi um chiste! Na verdade, a melhor resposta foi a do Miguel, (evaporou-se?) que justificou estarmos a discutir futebol. Ficou fora de contexto a lembrança do atletismo, penso. Mas, respeito a todos os comentadores, mesmo nas divergências.


De joão a 2 de Julho de 2012 às 12:54
A Espanha não merecia ganhar porque devia ter perdido para a Croácia num jogo escandalosamente roubado a esta equipa. Golo mais que fora de jogo, penalti por assinalar numa agarra de camisola da camisola do jogador croata na grande área espanhola quase obsceno..enfim...este ano não mereceu porque nem devia lá ter chegado se quer, a final...


De joão a 2 de Julho de 2012 às 14:04
golo fora-de-jogo WTF?? sabes as regras?


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 15:11
João,

A mitologia já apagou esse episódio. Aliás, a mitologia criada à volta deste projecto não permite questionar o seu jogo e a forma como ganha os seus títulos. Em 2010 foi um golo em fora de jogo contra Portugal, agora foram dois penaltys contra a Croácia. E no entanto, quando tudo termina, tudo vai para o baú e fica aí, esquecido, até que daqui a 10 anos, quando isto for passado e houver um distanciamento real, alguém vai poder dizê-lo sem ser crucificado de imediato pelas brigadas do bom gosto.

um abraço


De yty a 2 de Julho de 2012 às 15:24
ah o ódiozinho visceral a transparecer. Ele bem o tenta disfarçar mas acaba sempre por lhe vir a bílis à boca.
Só por acaso, antes desses "2 penaltis" não houve um penalti sobre o Piqué pois não? Isso você não viu, estava distraído a insultar algum espanhol.


De Miguel Lourenço Pereira a 2 de Julho de 2012 às 15:31
Yty,

A falta sobre Piqué, que não me parece motivo de penalty, foi depois da primeira falta sobre o jogador croata, mas deixe estar, a máquina mitológica já decidiu o que é e o que não é falta, portanto não se preocupe. Ninguém se vai lembrar disso, esteja descansado, beba o seu champanhe e divirta-se.

Eu não insulto os meus amigos e vizinhos, mas graças a (colocar entidade divina preferida) não tenho um complexo de inferioridade tão grande a ponto de andar pela internet como policia dos bons costumes futebolisticos a crucificar os infiéis.

Tenho bastante mais do que fazer, sem dúvida!


De filomeno a 3 de Julho de 2012 às 09:33
Coincido con las sabias palabras de Joao; el "boche" Stark condicionó el resultado final de la Competición.....


De espanhol a 25 de Março de 2013 às 10:42
Fue muy superior la Croacia de Modric.....


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